Tem sido assim em todas as noites de jogos da 1ª Copa Ary Moura de Futsal Feminino em São Leopoldo. A cada fim de rodada, elas, as meninas da Liga Leopoldense de Futebol Amador (LLFA) trocam o uniforme e a bola por vassouras e sacos de lixo e iniciam outra partida: enfrentam o frio abaixo de 10º C para deixar o ginásio Celso Morbach limpo. Aí fica dúvida: É justo isso? Elas fazem história na cidade, movimentam mais de 300 pessoas quase todas as noites de jogos e como prêmio precisam limpar tudo. Até bituca de cigarros deixadas na porta principal do Celso Morbach elas precisam recolher. Alguém pode explicar isso? Olha que estou há anos cobrindo jogos em vários locais, até no ginásio mesmo, mas nunca vi alguém da organização fazendo isso.
Não acreditei
Estou escrevendo porque vi, pois se alguém me falasse não acreditaria. Onde estão os defensores dessas meninas? E aquela história que muita gente fala que lugar de mulher é onde ela quiser? Será mesmo que elas querem sair das suas casas, onde já fazem várias tarefas, para depois de um jogo serem obrigadas a limpar um ginásio porque a competição é organizado por elas? Manter o ambiente limpo é responsabilidade de todos. E se tratando de ambiente público, pois o Celso Morbach é público, será que a responsabilidade é só delas? Será que não há empresas contratadas pelo município que possam fazer esse serviço?
Tribo indígena fazendo história
Nós tínhamos que agradecer imensamente as meninas da Liga. Além de serem responsáveis por colocar a bola rolando no Celso Morbach após anos, conseguiram levar para a quadra uma equipe índia. As meninas do Atlético Por Fi Ga fizeram história. Venceram na estreia por 3 a 1 a Real Madrinhas, mas deram um show de simpatia, alegria e entrega. O técnico Moisés, ao final do jogo, sorria de alegria. Pela vitória é óbvio, mas por sua meninas estarem em quadra no ginásio. Parabéns LLFA, foi demais.
