por Felipe Faleiro
O ex-vereador de São Leopoldo Paulo Borba, e o também ex-vereador e prefeito Ronaldo Ribas, foram os convidados da edição desta quarta-feira, 9, do programa Panorama Político. Entre os temas do debate, as movimentações políticas em âmbito estadual e federal, de olho nas eleições deste ano. O ex-vereador e ex-prefeito Vanderlan Vasconselos, também convidado, não pôde comparecer por motivos de saúde.
Ambos comentaram sobre a possibilidade de aprovação das federações partidárias, cuja validade está em discussão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), assim como as novas pré-candidaturas que vêm para o pleito, especialmente a presidente. Ribas, trazendo dados previamente pesquisados, informou que são 12 os pré-candidatos ao Palácio do Planalto, e 33 os partidos políticos existentes. “A pergunta que faço para vocês: o que estes 33 partidos fizeram pelo Brasil? Acredito que sejam muitos partidos, e estes são consolidados através do imposto pago pelo cidadão brasileiro. Não precisamos de 33. Não tenho notícias de metade, ou um terço deles, que fez algo pelo Brasil e os brasileiros”, criticou ele.
Borba falou das convicções que os eleitores têm no momento de votar. “É uma força que tem crescido, as pessoas buscando mais a personalidade [do candidato] do que o lado ideológico. As novas lideranças que surgem são interessantes por um lado, mas por outro, [a atitude de escolher pela personalidade] enfraquecem os partidos políticos ideologicamente. O partido é fundamental dentro da democracia. As pessoas falam: não voto no partido, mas na pessoa. Isto é muito relativo. A democracia somente existe no momento em que há partidos políticos”, opinou.
12 pré-candidatos à Presidência
Para justificar suas falas, ambos comentaram sobre o cenário das últimas eleições e o que se desenha para o período atual. “Você pega no Brasil os últimos candidatos a presidente, tirando o Bolsonaro, e todos se elegeram a partir de estruturas partidárias fortíssimas: PT, MDB, PSDB”, disse Borba. Ribas também trouxe a informação de que, hoje, são 12 os pré-candidatos à presidência da República, e citou seus nomes durante o programa. Disse também que o que está ocorrendo no momento é uma “indefinição” com relação a nomes.
“Acho que a maior dificuldade ainda que teremos é para apontarmos candidatos a governador do Rio Grande do Sul. O [atual governador] Eduardo Leite, queira ou não queira, e independente de partido, fez um bom trabalho em termos de Estado. Se tiver um pouco de bom senso, a pessoa vai reconhecer o bom trabalho feito por ele. Mas ele disse que não será candidato, então, quem serão os demais”, comentou o ex-prefeito, afirmando, ainda, que “muitas coisas vão acontecer” até que haja uma definição plena, tanto para governador, quanto para presidente.
Ao debater possíveis nomes ao pleito que escolherá o novo chefe do Executivo estadual, ambos concordaram que está será uma eleição “muito polarizada”. “Mesmo no Rio Grande do Sul, não tendo candidatos que despontam, como [o ex-governador] José Ivo Sartori ou o próprio Eduardo Leite, que estariam ponteando as pesquisas, vai afunilar em uma candidatura de esquerda, talvez o Beto Albuquerque, Edegar Pretto e o Pedro Ruas, pela direita têm Luis Carlos Heinze, Onyx Lorenzoni, e tentando entrar pelo centro, novamente o MDB, com Gabriel Souza ou o Alceu Moreira”, citou Borba. Ele prosseguiu. “Em nível de Brasil, está muito estruturado em duas candidaturas, Bolsonaro e Lula. E a terceira via ainda não se consolidou”.
Confira o programa completo: