OPINIÃO DO PALINHA: A morte do Negão Rogério é notícia ruim de escrever

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Escrever e falar é a profissão que escolhi, mas jogar futebol é uma paixão desde criança. Escrever a morte do Rogério e do Russo, que faleceu ano passado, é ver partir um pouquinho do meu passado. Tinha apenas 13 anos quando fiz minha estreia no 1.º Quadro do Obras. Era 1987. Estava me achando, um piá saindo das fraldas jogando na equipe principal de um clube amador. Para muitos pode significar nada, mas na época o varzeano leopoldense bombava. Jogos sempre com gente caindo para dentro do campo (não era muito difícil isso, pois a maioria dos campos sequer tinham telas que separavam a torcida do jogador).

Eu “guri”, com a camisa principal do Obras, fui escalado para jogar na lateral direita, mas era volante de origem. Baixinho, mas bom volante (hahaha, é o que todos diziam). O jogo era no campo do Pinheiros e o adversário era o Canto do Rio, que na época jogava ali. Confesso que não lembro mais quem era o treinador, mas a equipe era formada pelo falecido Lili no gol, e a zaga tinha Rogério e Russo. Na outra lateral Doir, irmão do Cadeado, que foi deslocado para o meio-campo porque eu fui escalado na lateral direita.

Meu deus, até a sombra dos atacantes adversários tinham medo desta defesa. Era um griteiro só. Não era nada fácil passar por eles. Por ser baixinho e consequentemente não assustar ninguém, cabia a mim sair  jogando quando a zaga roubava a bola. Era o que fazia. Aliás, era o que eles diziam para eu fazer. “Tu joga, o resto é com nós”. Então obedecia. E assim foi durante o ano de 1987. E assim foi minha estreia. Do lado do Lili, Rogério, Russo e Doir.

 

Campeão pelo Napoli

Outra história boa do Rogério foi no último ano do Asisle, campeonato de futebol amador de sábado que ocorria em São Leopoldo. O Napoli, equipe da baixada, foi campeão. Acho que foi o bicampeonato naquela época. No time só fera do futebol leopoldense. Além de mim (hahaha), e tantos outros craques, Rogério era um deles.

Para comemorar o título, o Laerte, que era o treinador, resolveu fazer um jogo de confraternização. Era apenas jogadores do Napoli. A partida ocorreu no campo do Nacional. Não durou 45 minutos. Rogério deu duas “chegadinha de leve” no falecido Negão Chaminé e terminou o jogo. Foi todo mundo para copa beber. Rogério saiu caminhando calmamente como se nada houvesse ocorrido. Do lado de fora, como um gentleman que sempre foi, agiu como se nada tivesse acontecido. Assim era o Rogério, gentil, compreensivo e muito calmo. Porém, quando calçava uma chuteira, podia sair de perto, o cara não respeitava nem o irmão. Quem dúvida pergunta para o Leitão, seu irmão.

 

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