A proposta do governo de São Leopoldo de 7,83% no salário dos servidores municipais e 4,36% para o vale alimentação apresentada ontem (13) na reunião com representantes dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de São Leopoldo (SSPMSL) e do Ceprol Sindicato dos professores ficou longe da reivindicação das categorias.
O SSPMSL reivindica 17,4%, sendo 6,93% das perdas, 5,47% do INPC e 5% do ganho real. Além dos 30% do aumento do vale alimentação. O Ceprol havia apresentado 14,95% de reajuste para os professores, dentro da soma de 7,57% da diferença do piso (nível e plano de carreira), 4% do INPC e o restante ganho geral. Cada categoria apresenta as pautas específicas.
O que dizem os sindicalistas
“A proposta que a administração nos entregou não contempla os itens que pleiteamos e por isso solicitamos que novo documento fosse entregue, respondendo todos os itens. Assim que tivermos esse documento daremos prosseguimento às negociações”, diz Andrei Rex diretor do SSPMSL.
“A proposta é irrisória, ignorando a Lei Federal nº 11.738/2008 (Lei do Piso) e a Lei Municipal nº 6573/2008 (Plano de Cargos Carreiras). Majoração de 4,36% no programa de alimentação. Entendemos que essa proposta não atende as nossas perdas e reivindicações, causando indignação na comissão de negociação. A proposta na íntegra será debatida em assembleia da categoria na próxima semana. A agenda será definida posteriormente e amplamente divulgada entre os associados. Convocamos a unidade da nossa categoria a participar da Assembleia Geral para fortalecer as nossas deliberações coletivas e lutar pelo piso, carreira e reajuste”, diz a presidente.
O que diz a prefeitura
De acordo com o secretário de gestão Nelson Spolaor, “apresentamos a proposta do governo de 7,83%, para todos os servidores, e com esse percentual, entendemos que toda a legislação que versa sobre salário dos servidores está sendo cumprida. Inclusive reafirmamos que todos os professores que ingressam no nosso concurso, já recebem acima do piso. Com a proposta apresentada, os 6 professores com a formação de ensino médio / magistério, de um total de mais de 2100 matrículas de professores da rede municipal de ensino, também receberão acima do piso”, destacou Spolaor.
A Smed, através da assessora para Relações Intersetoriais da Smed, Renata de Matos, apresentou as propostas em relação às cláusulas específicas dos servidores da educação. Entre os temas, as representantes apontaram para o aumento significativo do número de alunos que necessitam de um acompanhamento pedagógico específico e de uma política de educação inclusiva, devido à sua condição. Os membros entenderam que é necessário um estudo da causa dessa elevação, se realmente há um aumento efetivo de casos ou se isso se trata de uma queda na subnotificação dos diagnósticos. A gestão atendeu às considerações e encaminhou a a criação de um Grupo de Trabalho para debater o tema. A Smed ainda apresentou proposta para todos os temas demandados.
Com relação ao plano de saúde para os servidores, a Prefeitura já está com edital de credenciamento aberto, para empresas interessadas em prestar os serviços, e ainda, já manifestou junto ao IPE Saúde a intenção da rescisão contratual, diante da elevada alíquota de participação cobrada dos servidores.
Para as demais cláusulas específicas das demais categorias trazidas para o debate, ficou definido que será estabelecido um cronograma de negociações.