Uma das marcas mais lembradas na cidade e região, a Imobiliária Vila Rica nasceu em 14 de fevereiro de 1973 como Imobiliária Capilé, nome escolhidos pelo casal Dietrich e Madeleine Rossi de Moraes Hilbk, proprietários de uma pequena carteira de imóveis (cerca de 50). Em pouco tempo, a primeira estratégia de marketing e expansão foi implementada. “Imobiliária Capilé poderia passar a mensagem de um negócio limitado ao público de São Leopoldo, o que não era a proposta. Vila Rica era o nome de um prédio que nos inspirou como um bom lugar para morar proporcionado pela prestação de serviços imobiliários que facilitem a vida das pessoas”, contou Madeleine Rossi de Moraes Hilbk no Berlinda News Entrevista de hoje (27) que há 50 anos está no comando do negócio junto com o filho Leandro.
Os 50 anos da Vila Rica tem a marca da coragem e competência de uma mulher que aos 34 anos, viúva, três filhos (11, 8 e 5 anos) desafiou o machismo da época abrindo espaço em um mercado predominantemente masculino. “A morte súbita do meu marido tirou meu chão. Minha reação foi graças a minha mãe que se mudou para minha casa para o apoio necessário, mas que em sua sabedoria, disse que meu estado emocional afastaria o público. Por isso tenho muito orgulho da minha história, da minha trajetória de mulher, de empresária sempre pensando em avançar junto com nossos colaboradores, com a sociedade.”
Decretos prejudicam o mercado
“Em 50 anos passamos e enfrentamos mudanças de planos econômicos, de todos os governos e precisamos nos adaptar o que sempre foi muito difícil porque as mudanças vieram de cima para baixo, com decretos e isso só prejudica. O Plano Collor, por exemplo, foi o mais difícil porque da noite para o dia as pessoas ficaram sem o dinheiro nas contas porque venderam os imóveis e aplicaram o dinheiro com juro alto e perderam. Teve suicídio de pessoas. É o mercado que regula a economia e os governos precisam discutir com a sociedade e não decretar as mudanças.”
Caneta e papel
“Importante lembrar que não havia o recurso da tecnologia para as mudanças de cálculos, era tudo na caneta e papel. Eram cálculos complicados e as pessoas ansiosas, desesperadas queriam a resposta imediata. Teve uma situação tensa que até a Polícia foi na imobiliária por conta da ansiedade e desespero das pessoas que queriam o dinheiro na hora e tudo dependia dos bancos.”
Cinco cidades
“Estamos em cinco cidades, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul, Esteio e Porto Alegre com estabelecimentos físicos. Nosso projeto de expansão está sendo executado, mas agora com a tecnologia podemos atender os clientes de qualquer cidade. A tecnologia é um investimento caro mas fundamental para a consolidação do negócio.”
Colaboradores
“Nossa missão e política sempre foi de honestidade, seriedade com o público e com nossos colaboradores. Investir na capacitação e qualificação é agregar para a empresa e para o colaborador. Sempre fui em muitos congressos imobiliários levando colaboradores e numa dessas vezes, um empresário do setor disse que eu não deveria levar os colaboradores porque eles aprenderiam e depois iriam embora da empresa para abrir o próprio negócio. Tempos depois ele fechou a empresa e nós seguimos aqui. ”
Sonho da sociedade
“Como sociedade, moradores de São Leopoldo deveríamos ter um sonho coletivo e transformá-lo em projetos concretos que independente de quem estiver no comando da cidade, não sejam interrompidos. Precisamos ser mais otimistas, mais participativos e não apenas criticar.”
Ouça abaixo a entrevista completa