Nos primeiros seis meses de 2023, 672 mulheres estão com medidas protetivas em São Leopoldo, mecanismo criado em 2006, junto a Lei Maria da Penha, com objetivo de interromper e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Apesar dos números altos, os dados apresentados pela delegada Michele Mendes Arigony, titular da Delegacia especializada no atendimento à mulher de São Leopoldo, mostram que serão mais baixos que 2022, quando 1.230 mulheres no município usaram deste mecanismo para se proteger dos agressores.
A queda tem a ver com o trabalho realizado pela Deam e número de prisões dos agressores. Enquanto em 2022 houve 53 prisões, neste ano, até ontem, foram 59. “Isso é fruto do nosso trabalho na repressão e também de toda rede de apoio. Sabemos que apenas 10 % denuncia, por isso ainda temos o desafio de buscar essas vítimas que não denunciam seus agressores”, comenta a delegada.
Outros indicadores também registram o bom trabalho da DEAM e sua equipe. É o caso do processos instaurados. Em 2022 foram 1.595 durante os 12 meses e agora está em 860.
83.206 medidas no Estado
Um dado recente apontou que o Rio Grande do Sul emite, em média, 459 medidas protetivas por dia para vítimas de violência doméstica. Somente nos seis primeiros meses de 2023, foram expedidas 83.206 decisões a favor de mulheres que sofrem violência. Os números são da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) do Tribunal de Justiça do Estado.
DADOS DEAM DE SÃO LEOPOLDO
- 2022
• Ocorrências policiais: 2.559
• Procedimentos instaurados: 1.595 - Medidas Protetivas Solicitadas: 1.230
• Feminicídios: 1 Consumado, 4 Tentados - Prisões: 53
- Denúncias anônimas verificadas: 146
- Dados referentes ao ano de 2023: (até 30/06)
• Ocorrências policiais: 1.500
• Procedimentos instaurados: 860
• Medidas Protetivas Solicitadas: 672
• Feminicídios: 1 Consumado, 3 Tentados - Prisões até hoje: 59
Em Torno de 100 denúncias verificadas ate hoje, em 2023