Na primeira entrevista após o 1º turno quando conquistou mais de 35 mil votos, hoje (24), no Berlinda News Entrevista, a vereadora Ana Affonso (PT) foi direta e segura. “Hoje me sinto uma mulher preparada, empoderada, capaz de dizer o que eu penso para fora e para dentro do partido independente se gostem ou não”, destacou a atual vice-presidente estadual do PT, uma das responsáveis pela campanha de Lula no 2º turno. Durante o programa, Ana falou sobre o momento atual, a polarização, a violência e ataques especialmente de ontem, por Roberto Jefferson (PTB). O mais importante, porém, é a avaliação que ela (Ana) quer fazer internamente para que “São Leopoldo não perca mais uma chance como a de agora de ter uma deputada estadual eleita”. Confira os principais momentos.
Mais inteligência
“O PT precisa rever a estratégia, precisa ser mais inteligente na hora de tomar as decisões. Pulverizar candidaturas de fora e do próprio governo não deu certo. Fomos três do governo, eu, Marcel Frison e Nestor Schwertner e fui a mais votada. Além disso, o PT local teve outros e nomes além das candidaturas de fora que vieram fazer parte do governo municipal para ter votos aqui. Será que os 1,4 mil votos que faltaram para nossa eleição não poderiam ter sido feit6os aqui se a estratégia fosse outra?”
Preparada para tudo
“Hoje estou preparada para tudo, para qualquer função. Em caso de vitória de Lula, existe a possibilidade de assumir uma vaga, o que não é fácil, mas posso assumir qualquer espaço. Os 35 mil votos, desses mais de 13 mil aqui, um mandato de deputada, candidata a vice-governadora, vice-presidente estadual tenho certeza que qualquer decisão ou nome para o pós Vanazzi passa por mim, e não falo especificamente da sucessão. Mas é preciso ter a sensibilidade de entender que existe um impedimento sim, mas existe um sentimento da população assim como foi em 2012 quando meu nome era o mais citado para concorrer à Prefeitura. O PT vai ter que refletir muito bem”.
“Nenhum voto para Onyx”
“Sobre a eleição estadual, fica muito difícil tirar posição de apoio, mas uma coisa é apoio e outra é o voto. Vejo que grande parte da base petista que vai votar no Eduardo, mesmo ele (Eduardo) não tendo pedido o apoio e estar na posição de neutralidade. Porém, nessa eleição eu não teria problema nenhum votar em 45 e 13, inclusive ainda vou definir o meu voto. Não quero fascismo nem no Brasil e nem aqui. O PT foi bem claro, nenhum voto para Onyx, mais claro que isso impossível”.
“Isso é fascismo”
“O que estamos vivendo é fascismo que se rebela contra os poderes, contra quem pensa diferente com assédio em locais de trabalho e também dentro dos lares. Alguns homens armados que votam Bolsonaro querem obrigar as mulheres a votar. O sentimento é de uma cultura da violência política como a morte da Marielle, que foi encomendada, porém até hoje não há um mandante”.
“Gabinete do ódio”
“Em 2018 o PT não sabia que lutava contra o gabinete do ódio uma estrutura digital muito potente faz com que as pessoas acreditem nas fake news como se fosse verdade. Me parece que os fatos horríveis do final de semana é desespero para se manter no poder e para tentar intimidar eleitores do Lula. A sociedade vai fazer um grande julgamento sobre o que está acontecendo. Nas caminhadas deles havia bandeiras e manifestações pedindo a ditadura, contra o senado, contra o congresso, por isso precisamos fazer esse enfrentamento. Esse sistema o fascismo se combate com o voto. Temos que votar.”
Ouça abaixo o programa completo
