Das cinco (5) pessoas presas hoje (23), suspeitas de integrar uma quadrilha que aplicava o golpe dos nudes, duas são mulheres moradoras em São Leopoldo. As outras pessoas foram presas em Taquara e Novo Hamburgo. As prisões resultaram do cumprimento de mandados da Operação Sem Fronteira, deflagrada por policiais civis de Goiás e RS, respectivamente, da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos de Rio Verde/GO, coordenada pelo Delegado Caio Martines e Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudadores – DRCID/DEIC/RS, coordenada pelo Delegado André Anicet. A Operação também ocorreu em Igrejinha e Nova Santa Rita.
Conforme o delegado André Anicet, objetivo foi desarticular uma associação criminosa que, durante os meses de janeiro, fevereiro e março, extorquiu um morador da cidade de Rio Verde/GO, através das redes sociais, tendo a vítima repassado a tal associação a importância aproximada de meio milhão de reais, em razão das extorsões sofridas.
Além dos cinco presos investigados, foram cumpridas ainda doze (12) medidas cautelares de busca e apreensão. Foram realizadas buscas e prisões na região metropolitana de Porto Alegre, especificamente nas cidades de Novo Hamburgo, Taquara e São Leopoldo. Algumas buscas foram feitas inclusive em presídios da região metropolitana da capital em Novo Hamburgo, Charqueadas e Montenegro.
ENTENDA O CASO:
- No início do ano, um homem de aproximadamente 30 anos de idade, que reside em Rio Verde/Goiás, começou a conversar pelo Instagram com jovem e “bela garota”;
- A conversa entre os dois ganhou cunho sexual e, então, um criminoso, se passando pelo suposto pai dessa garota, afirmou à vítima que a menina em questão era menor de idade e que aquelas conversas causaram a ela severos constrangimentos;
- Foi simulado tratamento psiquiátrico da menor e até mesmo o seu suicídio. Assim, exigiu-se da vítima uma compensação financeira para se reparar, material e moralmente, tais danos;
- Em seguida, supostos advogados e autoridades públicas, falsos delegados de polícia e conselheiros tutelares, entraram em contato com a vítima, informando-lhe que ela havia cometido ilícitos penais em razão das conversas de natureza sexual com a garota;
- Sob tal argumento, as pseudo autoridades, fingindo serem agentes públicos corruptos e fazendo a vítima crer que havia cometido ilícitos penais relacionados à pedofilia, exigiram quantias dela, para que ela não sofresse sanções criminais;
- Foram reiteradas as quantias extorquidas, sendo elas sempre precedidas de uma nova ameaça de punição legal, o que culminou no prejuízo de aproximadamente meio milhão de reais para a vítima; .
Sem Fronteiras
A polícia segue as investigações com o objetivo de identificar novos envolvidos e também se localizar o dinheiro do crime, para viabilizar o ressarcimento à vítima. A operação foi chamada de “Sem Fronteiras”, pois as associações criminosas que atuam, como a que é alvo da presente investigação, vitimam pessoas de diversos entes federativos.