Um homem, de 62 anos, foi preso em flagrante no bairro Pinheiro, em São Leopoldo, e outro de 33 anos, foi preso no bairro Rio Branco, em Canoas, durante a operação SEXTORTION – que na prática significa chantagem via Facebook, Skype, Telegram ou Whatsapp, de alguém que ameaça espalhar suas fotos ou vídeos de sexo on-line se não pagar um resgate.
A operação realizada pela Polícia Civil de São Leopoldo por meio da Draco, cumpriu sete mandados de busca e apreensão em São Leopoldo, Canoas, Três Coroas e Feliz e nove ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias contra organização criminosa que praticava crimes de extorsão no RS.
A polícia iniciou as investigações quando uma vítima registrou ocorrência, após trocar mensagens e fotos íntimas com uma jovem, cujo perfil era falso e, posteriormente, foi extorquido pelos criminosos para que o conteúdo das conversas não fosse denunciado à Polícia Civil.
Conversas e fotos íntimas
Os principais investigados, presos do sistema prisional gaúcho, usavam contas falsas de adolescentes nas redes sociais para se aproximar das vítimas. As conversas e troca de mensagens eram de cunho sexual. Depois, com uma segunda conta da rede social, um falso policial entrava em contato com a vítima, extorquindo-a para que a denúncia das conversas fosse arquivada.
Uma das investigadas era responsável por gravar os áudios simulando a voz da adolescente. Os demais suspeitos forneceram contas bancárias para os depósitos realizados pelas vítimas, cujo montante era rateado entre outras contas.
Prisões em São Leopoldo e Canoas
Conforme a polícia, o homem de 62 anos, foi preso em flagrante no bairro Pinheiro, em São Leopoldo, por posse ilegal de arma de fogo. Ele era um dos suspeitos da investigação, em razão de ter recebido dinheiro oriundo da extorsão, além de ser pai de um dos extorsionários, que se encontra recolhido no sistema prisional. Já o homem de 33 anos, preso no bairro Rio Branco, em Canoas, estava foragido e, contra ele, havia condenação definitiva por tráfico de drogas, roubo e receptação.
Uma das vítimas declarou ter sido extorquida por um perfil do Whatsapp com a imagem do diretor da 3ª DPRM. Nos celulares utilizados na prática criminosa foram encontradas, além das conversas, imagens de autoridades policiais (delegados da Polícia Civil) e militares (Brigada Militar), comprovantes de transferências e depósitos bancários, imagens das vítimas e, inclusive, um modelo de ocorrência, escrito à mão, de crime de pedofilia.
A comunidade pode colaborar com o trabalho da polícia com o repasse de informações através do WhatsApp, 985.856.118. O sigilo é garantido.