Conforme o presidente da CPI do barco-escola Peixe Dourado, vereador Jailson Nardes (PP), na quarta-feira (4/6), será definido o calendário de reuniões que serão transmitidas pelo canal do Youtube da Câmara de Vereadores de São Leopoldo, assim como acontece cim as sessões semanais de terças e quintas, audiências públicas e sessões solenes.
Os vereadores Jailson Nardes (PP), Alexandre Silva (PL), Geison Freitas (PDT) e Anderson Etter (PT) terão 60 dias para analisar toda a documentação e ouvir as pessoas envolvidas que elaboraram o contrato, licitação e demais processos para a compra do barco-escola Peixe Dourado que integra o projeto ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambienta (Semmam).
“Quarta teremos a primeira reunião com os membros da CPI e encaminharei ao Executivo o pedido de alguns contratos relacionados para a compra do barco. A partir daí seguiremos semanalmente convocando as pessoas envolvidas no contrato para esclarecimentos. Faremos tudo com muita calma e seriedade”, explica o vereador Jailson Nardes.
Navegabilidade
Um dos temas polêmicos sobre o barco-escola diz respeito à navegabilidade. Segundo o atual governo o custo benefício barco seria alto em relação ao período do ano que o nível do Rio do Sinos permitiria o uso do barco. Em época de estiagem o nível é baixo demais e quando sobe muito o barco não teria como passar pela ponte da BR-116.
O vereador Anderson Etter, secretário de Meio Ambiente à época da aprovacão do projeto afirma que o local do barco ficar atracado é na ponta da ilha, após a ponte da BR-116, onde o nível do rio permite a navegabilidade. Etter observa que o barco está atracado junto ao Museu do Rio pois era o local com segurança armada.
Vídeo do prefeito
Em abril, o prefeito Heliomar Franco (PL) postou um vídeo, dentro do barco, questionando o valor da compra do barco, tripulação, taxa de juros no financiamento de dez anos. Anunciou investigação do processo denominada de operação Pente-Fino.
Saiba mais
O barco-escola Peixe Dourado faz parte do projeto ambiental do governo anterior com a proposta de levar os estudantes das cidade para conhecer o Rio do Sinos, conhecer as riquezas naturais, assim como conferir os prejuízos provocados pelo descarte errado de lixo, entre outros fatores.
Outra proposta é incentivar o turismo com a população, a partir de passeios programados.
Uma empresa da cidade de Navegantes, Santa Catarina, foi a vencedora da licitação para construção do barco que chegou ao Rio do Sinos no final de 2024.
Após um passeio inaugural, o barco-escola foi atracado junto ao Museu do Rio, à época pelo fato da segurança armada no local. O barco segue lá, pela estiagem que baixou o nível do rio. Além disso, o atual governo precisa definir como usará o barco.
A marinha exige tripulação de quatro integrantes. O contrato do governo anterior foi de R$ 80 mil por mês. O primeiro e único pagamento foi em fevereiro de 2025. Embora o contrato da tripulação tenha sido feito em julho, o pagamento só deveria ocorrer quando o barco estivesse no Rio do Sinos navegando.
66 pessoas
Construído pela Indústria Naval Catarinense Ltda., de Navegantes (SC), o barco no estilo catamarã possui capacidade para 66 pessoas e foi projetado como uma sala de aula flutuante. Ele será utilizado para educação socioambiental sobre o Rio dos Sinos, pesquisa, ecoturismo, controle e fiscalização ambiental. Com 18 metros de comprimento, 7 metros de largura e 4,5 metros de altura, a embarcação teve um custo aproximado de R$ 5,1 milhões, financiados com recursos do município e do Fundo Municipal de Meio Ambiente (Fundema). (Prefeitura São Leopoldo/5/12/2024)