A principal notícia política de São Leopoldo, hoje (6), trata-se da condenação em 1° grau do ex-vereador Aurélio Schmid, pela Justiça Federal, e do assessor de imprensa do então deputado federal, João Derly, o jornalista Giuliano Reis. O jornalista disse que sua defesa vai recorrer. “Sou inocente e é está bem claro que tive meu nome usado como bode expiatório dentro de uma birra política, em uma disputa”, disse Reis. O recurso também deve ser a estratégia da defesa do ex-vereador Aurélio. Porém, Carlos Moura, advogado de Aurélio disse não ter certeza sobre a sentença. “Não posso sequer te confirmar se essa sentença é a dele (Aurélio)”.
A sentença
A 5ª Vara Federal de Novo Hamburgo condenou, na semana passada, um ex-assessor parlamentar e um ex-vereador de São Leopoldo, por corrupção ativa e passiva, respectivamente. Eles haviam sido acusados de negociar um cargo para a filha do então vereador, a câmbio de uma troca de partido. A sentença, publicada no dia 28/7, foi proferida pela juíza federal substituta Maria Angélica Carrard Benites.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os fatos vieram à tona após uma denúncia anônima, que encaminhou gravação de uma reunião ocorrida em março de 2016, na Câmara de Vereadores de São Leopoldo.
O desfecho
O desfecho da condenação em 1° grau, remonta a março de 2016 quando Aurélio Schmidt era o presidente da Câmara de Vereadores de São Leopoldo, pelo PSDB. Porém a relação Aurélio/PSDB e o sétimo andar da Prefeitura (governo Moacir) estava insustentável e o ex-vereador buscava outro partido para concorrer em outubro de 2016.
Segundo bastidores, Aurélio conversava (março/2016) com a Rede, partido do deputado federal, João Derly, que por sua vez, articulava a Comissão Provisória da Rede em São Leopoldo, cujo presidente era Olimar Queiroz.
Denúncia anônima
Na reunião citada pelo MPF (março de 2016) estariam presentes integrantes da Rede estadual e da Comissão Provisória. Anonimato? Ao fim e ao cabo, Aurélio trocou o PSDB pelo PTB conquistando 1.492 votos, ficando na suplência.