Com a chegada do inverno, o frio se anuncia. Aqui no Sul, sabemos bem o que isso significa: temperaturas que despencam, geada que cobre os campos e a necessidade de se aquecer para enfrentar a estação mais rigorosa do ano. Enquanto muitos de nós contamos com cobertores quentinhos e um bom chimarrão para espantar o frio, milhares de pessoas não têm o mesmo privilégio. Para elas, o inverno é sinônimo de vulnerabilidade, de noites mal dormidas e de um frio que castiga.
Aquecer o corpo é fundamental, mas aquecer o coração é o que nos move. É nesse momento que a solidariedade se torna um abraço quentinho. Campanhas do agasalho surgem por todos os lados, e é essencial que entendamos a profundidade desse gesto. Doar não é simplesmente abrir o guarda-roupa e se livrar do que não serve mais. Doar não é descarte.
Quando você doa um agasalho, está entregando conforto, dignidade e, acima de tudo, esperança para quem precisa. É um ato de amor que transforma vidas. Antes de separar o que será doado, pense: você usaria essa peça? Ela está em boas condições? Um agasalho furado, manchado ou rasgado não aquece ninguém de verdade e pode até trazer constrangimento.
Vamos aquecer o inverno gaúcho com calor humano e com a certeza de que cada peça doada com carinho faz a diferença. Que nossas doações sejam um verdadeiro presente, aquecendo não só o corpo, mas também a alma de quem enfrenta o frio sem proteção.
Que tal começarmos a separar aqueles agasalhos que estão em bom estado para doação?
Pense nisso!
Cíntia Maciel – Graduada em Letras, Pós-Graduada em Neuropsicopedagogia, Supervisão Escolar, Docência no Ensino Superior, Atendimento Educacional Especializado, Atendimento Educacional Especializado com Ênfase em Autismo, Gestão de projetos sociais e membro da Academia de Letras do Brasil Seccional Rio Grande do Sul.