Uma equipe técnica da Trensurb realizou, na tarde deste domingo, uma vistoria no trecho entre São Leopoldo e Canoas para planejar a retomada gradual da operação. Para o diretor-presidente da estatal, Fernando Marroni, a vistoria mostrou que a via está em condições de operar, mas que, para que a retomada possa acontecer, ainda é necessário que o pátio da empresa, no bairro Humaitá, em Porto Alegre, fique novamente seco.
A rede metroviária que liga seis cidades da região Metropolitana também teve suas estruturas afetadas pelas enchentes, incluindo o alagamento de trilhos. A inspeção in loco das condições da rede foi feita por técnicos e engenheiros da Trensurb, que verificaram tanto a via permanente como a rede elétrica aérea e as subestações de energia. “Neste trecho, mesmo nos locais que receberam água, já foram trocadas alguns disjuntores e há condições de voltar a operar. Mas para isso, é necessário que a água baixe no nosso pátio”, relatou Marroni.
Além disso, o diretor-presidente apontou ainda a necessidade da limpeza do local, com a retirada da lama e do lixo, para que os trens que foram deslocados para a via elevada entre Novo Hamburgo e São Leopoldo possam desocupar a linha. “Só aí podemos pensar em uma operação emergencial entre Mathias Velho e Novo Hamburgo. Esperamos que as águas baixem para que a gente possa energizar a rede. Essa seria a primeira etapa que a gente pode fazer para recomeçar”, completou.
Na última semana, Marroni também anunciou que o governo federal emitiu uma medida provisória liberando R$ 186 milhões para a recuperação da Trensurb. Segundo ele, a parte mais complexa das restaurações será a região Central de Porto Alegre, e que a operação até lá será feita por ônibus. “Não temos noção de quanto vai custar para recuperar as estações Mercado e Rodoviária. Do Aeroporto para a frente vai demorar bastante”, acrescentou.