Além de São Leopoldo as ações são em Esteio, Porto Alegre, Alvorada, Gravataí, Montenegro, Torres, São Borja, Osório e Itaqui.
Tal golpe, bastante conhecido e já investigado por essa DP, consiste em um primeiro contato ou por uma rede social ou pelo aplicativo Whatsap, onde uma pessoa jovem e bonita instiga uma vítima a trocar mensagens de cunho sexual e fotos intimas.
Na sequência, outra pessoa se apresenta como pai da jovem, dizendo que a filha é menor de idade e a conduta da vítima se amolda ao crime de pedofilia.
Para não denunciar, isto é, para não levar o fato ao conhecimento de um Delegado de Polícia acarretando, consequentemente, na prisão da vítima, o suposto pai exige depósitos em dinheiro. Na maioria das vezes, após o recebimento de valores, o extorsionário continua exigindo dinheiro dizendo que haverá a necessidade de submeter sua filha a tratamento psicológico ou, ainda, exigindo o depósito de valores para reparar prejuízos materiais.
É bastante comum também, nesses casos, a presença de uma quarta pessoa envolvida, que se apresenta como policial, muitas vezes com fotos e nomes reais retirados das redes sociais, dizendo que está sendo registrada uma ocorrência, e que será expedido mandado de prisão contra a vítima, a deixando desesperada e fazendo com que deposite mais dinheiro aos golpistas.
A verdade é que, a partir do diálogo com a vítima os criminosos percebem qual o seu temor, dessa forma, ora interpretam a figura de um pai revoltado, ora de um Delegado ou Agente que irá tomar as devidas providências e, caso não de certo, acabam ameaçando a vítima a expor sua fotos intimas para a própria família e em redes sociais.
Inclusive um dos argumentos era que as falsas vítimas teriam que passar por tratamento de saúde em falsa clínica.
Essa investigação teve início em setembro de 2021, onde foram identificados diversos indivíduos , vinculados a detentos ou ex presidiários, porém associados a pequenos nucleos, diferentemente do que ocorreu na primeira fase deflagrada em setembro de 2021 onde foram cumpridas 113 cautelares.
A Delegada Luciane Bertoleti, titular da DP/ESTEIO, afirma que “essa ação é outra ofensiva de combate aos crimes virtuais que tiveram um aumento expressivo no período de confinamento.”
O Diretor da 2ª Delegacia de Polícia Metropolitana – 2ªDPRM, delegado Mario Souza, destaca que “é uma grande investigação contra o crime organizado, focada na desarticulação de esquemas de golpes virtuais.” E que “chama atenção a criatividade dos criminosos em forjar falsos policiais e delegacias que realizavam golpes até contra vítima no Japão.”
Os presos serão encaminhados ao sistema prisional.
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