Pais de alunos das escolas infantis particulares de São Leopoldo protestaram nesta terça-feira, 8, no Centro da cidade pedindo a reabertura e o retorno das aulas. A manifestação contra a decisão da Prefeitura de manter as crianças em casa, acontece no mesmo dia que entra em vigor o cronograma publicado pelo governo do Rio Grande do Sul no qual estabelece a volta às aulas presenciais nas redes públicas e privadas de ensino infantil em município de bandeira laranja ou amarela, São Leopoldo está na vermelha.
Para Tássia Silveira Furlanetto, que faz parte da comissão de pais e também é mãe de duas alunas, ninguém é obrigado a mandar os filhos para escolas, mas não concorda que as prefeituras municipais estejam indo contra uma decisão do Estado. “Acho estranho e inadmissível que as prefeituras queiram ir contra uma decisão do Estado. Importante ressaltar que as escolas particulares têm todas condições de reabrirem de forma escalonada e com os devidos cuidados de higiene”.
Ainda conforme Tássia, as escolas particulares da rede privada têm todas as condições de reabrirem. “Nosso filhos estão ficando com pessoas do grupo de risco ou cuidadores sem devida atenção. Nossa proposta é o retorno facultativo, para aquelas famílias que não têm com quem deixar seus filhos, visto que a maioria dos pais retornaram ao trabalho”, esclarece.
Segundo os pais, uma reunião está agendada com representantes do poder público ainda na tarde desta terça-feira.
O Secretaria Municipal de Educação, Ricardo Luz, disse que o governo está conversando com os proprietários das escolas particulares para o retorno com segurança das escolas, mas por enquanto não há previsão, até porque, segundo ele, São Leopoldo segue na bandeira vermelha e o decreto estadual prevê duas semanas de bandeira laranja consecutivas. “A conversa com os proprietários das escolas infantis particulares são constantes. Mas neste momento não existe a miníma chance de retornarmos as aulas presenciais. Até porque estamos na bandeira vermelha. Posso afirmar com toda certeza que até o final de setembro não teremos aulas presencias em nenhuma escola, seja nas públicas ou privadas”, adiantou.
