GDA na luta diária para salvar animais de maus-tratos em São Leopoldo

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A maior prova que o crime de maus-tratos contra os animais está incorporada a índole ou a falta da índole de parte da sociedade é registrada pelo Grupamento de Defesa Ambiental (GDA) Ipson Pavani, da Guarda Civil Municipal (GCM) de São Leopoldo. De janeiro a julho a equipe registrou 580 ações envolvendo animais e desse total foram 168 resgates. Na segunda-feira (31), por exemplo, a equipe resgatou uma égua e um potrinho em flagrante situação de maus-tratos.

Conforme o GDA, a  égua estava amarrada em um poste na rua Matias de Albuquerque, Santos Dumont, prenha,  magra,  sem ferraduras e com o olho direito vazado. Com ela também estava um potro, possivelmente filhote. Os dois foram levados até o Canil Municipal onde foram avaliados, medicados e depois encaminhados até a propriedade que a Prefeitura de São Leopoldo mantém para equinos que são recolhidos em situação de tração animal e/ou maus-tratos.

O gambá também foi resgatado na segunda-feira, 31, após a direção da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Barão do Rio Branco descobrir que ele havia ficado preso dentro de um contêiner de lixo. Ele foi retirado do local e solto no Parque Imperatriz Leopoldina para voltar ao seu habitat.

O resgate do urubu ocorreu após o GDA ser acionado por um morador de um prédio do Centro acionar o GDA. Ele relatou que a ave sofreu um choque na cerca eletrônica do prédio e não estava conseguindo voar. O urubu foi resgatado e levado ao Minizoo de Canoas, onde vai passar por um processo de reabilitação até ter condições de ser solto.

Domésticos, exóticos e peçonhentos
As ocorrências com maior quantidade de registros são resgates de equinos e cães por conta das denúncias de maus-tratos e pela legislação que proíbe a circulação de veículos de tração animal. Porém algumas situações envolvem o resgate de animais silvestres que são pouco avistados no cotidiano. Nesse ano GDA resgatou um ouriço, um graxaim, um tucano e uma jararaca.
Segundo o inspetor chefe do GDA, Emerson dos Anjos, uma ocorrência de resgate de animais demanda técnicas e equipamentos para cada tipo de animal e situações. “O objetivo da capacitação é tornar o resgate e manejo de espécies silvestres o mais seguro possível tanto para os animais quanto para os agentes em serviço”, esclareceu.
Novos equipamentos
A Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Comunitária (Semusp) adquiriu uma série de novos equipamentos para o GDA com o objetivo de proporcionar melhores condições de trabalho aos agentes em ocorrências que envolvam captura e manejo de animais. O valor total do investimento é de quase R$ 17 mil, com recursos do Fundo Municipal de Segurança Urbana (Funsegur). Entre os instrumentos estão perrneira de proteção para cobra; armadilha gatoneira gigante; caixa de transporte para cachorro tamanho grande; cambão veterinário retrátil com trava; focinheira em PVC com velcro; gancho de contenção ofídio; médio e pinça para captura de répteis.
Grupamento de Defesa Ambiental – Ipson Pavani
Pavani era agente do GDA e faleceu por complicações causadas pela Covid-19, em 2020. Como forma de homenageá-lo, o grupo recebeu seu nome. O grupamento é uma estrutura da GCM que realiza o resgate de animais silvestres, fiscaliza parques e as margens do Rio dos Sinos, entre outras atribuições. É possível acionar o serviço de resgate de animais através do telefone 153, da GCM.
Capacitação
Em maio de 2022, cinco agentes participaram de uma capacitação para resgate e manejo de animais silvestres no Zoológico Municipal de Canoas. A atividade foi coordenada pela bióloga, Gabriela Souza e pela veterinária, Isadora Favreto. Ambas atuam no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do zoo.

 

 

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