A fumaça das queimadas e incêndios no Nordeste da Argentina se espalha pelo Sul do Brasil. Imagens de satélite do começo da manhã deste domingo mostravam grande presença de fumaça sobre a Metade Norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, transportada por correntes de vento a partir do Oeste. O Sul gaúcho escapava da presença do material particulado com maior densidade na atmosfera. Zoom Earth Ontem, a cidade de São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, passou o dia com presença de fumaça no céu que chegava a dificultar a observação do sol, apesar do tempo bastante aberto.
Zoom Earth Ontem, a cidade de São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, passou o dia com presença de fumaça no céu que chegava a dificultar a observação do sol, apesar do tempo bastante aberto.
Nas redes sociais da MetSul Meteorologia, moradores do município escreveram para descrever o dia atípico na localidade fronteiriça e que chegou a ter precipitação de fuligem resultante de queimadas em uma região que tanto precisa de chuva para aplacar os efeitos da seca severa. A origem da fumaça e da fuligem está no outro lado do Rio Uruguai, no município de Santo Tomé, província argentina de Corrientes. A cidade argentina que faz fronteira com São Borja, vive uma emergência de fogo pela seca severa e o verão muito quente com calor extremo em vários dias. O fogo atinge o local há mais de mês, mas se intensificou nos últimos três dias na região e chega a queimar 20 mil hectares por dia.
A estimativa é que mais de 800 mil hectares tenham sido afetados nos mais de 50 dias de incêndios na província de Corrientes, onde mais de 9% do território provincial já ardeu. Em Santo Tomé, um foco com “redemoinhos de fogo” surpreendeu vários campos produtivos na quarta-feira, afetando pastagens e florestas.
Por MeTSul Metereologia