Estudantes da Unisinos trabalham em novo teste rápido para Covid

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A graduanda em Biomedicina da Unisinos, Natasha Malgarezi, e o mestrando em Engenharia Elétrica, Samuel Maraschin, estão trabalhando no desenvolvimento de um novo teste rápido para a detecção da Covid-19. O estudo é realizado em parceria com o itt Chip – Instituto Tecnológico de Semicondutores e a startup Biosens, localizada no Tecnosinos. O dispositivo integra duas tecnologias de ponta, uma técnica de biologia molecular avançada para detectar o sinal biológico e o grafeno para a detecção do sinal elétrico.

A futura biomédica explica que a maioria dos testes rápidos para Covid-19 hoje no mercado identifica apenas uma resposta imune, os anticorpos que foram produzidos caso houve contato com o vírus. O diferencial desse teste é que ele identifica a presença do genoma viral, ou seja, do material genético, que pode ser a presença do coronavírus ou de outros microrganismos. “Na prática, é um teste rápido que pode dar a mesma resposta que o PCR, dizendo positivo ou negativo para a presença de Covid-19 na amostra do paciente”, relata Natasha.

As duas tecnologias utilizadas na produção do teste já estavam sendo estudadas pela dupla de estudantes antes da pandemia. “A ideia desse dispositivo surgiu para tentar agilizar o diagnóstico, criar um dispositivo que pudesse dar uma resposta na hora para o profissional que toma a decisão no tratamento. Como são duas tecnologias de ponta, o acesso a elas ainda é um pouco difícil, então estamos começando a produzi-las aqui na Unisinos e logo iniciaremos a prova de conceito e protótipo”, explica Natasha. O projeto encontra-se na etapa de desenvolvimento.

A professora do Programa de Pós-gradução em Enfermagem e Diretora de Operações da Biosens, Priscila Lora, afirma que o teste servirá para detecção do novo coronavírus e também de outros agentes infecciosos. “Estamos caminhando para que seja possível disponibilizar o teste de detecção viral produzido inteiramente no Brasil, com funcionamento rápido e portátil. Isso terá um impacto no aumento do número de exames realizados, além da independência de insumos importados”, afirma Priscila.

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