CONTAS BLOQUEADAS E RACISMO: Presidente do Aimoré desabafa após a vitória do time de virada deste sábado

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Quem foi ao Estádio Cristo Rei neste sábado, disse que o Aimoré achou a vitória depois de uma atuação ruim contra o São Luiz de Ijuí em jogo válido pela 5ª rodada do Brasileiro da Série. No futebol isso é bem comum, time jogar melhor, porém sair de campo derrotado. Mas o que mais chamou atenção foram os acontecimentos fora das quatros linhas. Primeiro o atraso da ambulância, depois o ato de injuria racial de um torcedor índio contra o próprio técnico da equipe, e por fim, o desabafo do presidente Werner Carvalho ao colega Luís Fernando Fracasso da rádio +Independência.

Contas bloqueadas 

O presidente lamentou o bloqueio de contas do clube por falta de pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de gestão anteriores e as dificuldades encontradas para administrar o clube e afirmou: “após o fim do meu mandato deixo o clube e não sei se alguém vai querer assumir. Estamos com as contas bloqueadas, sem poder fazer qualquer tipo de movimentação por falta de pagamento de gestão anteriores. Caiu tudo no meu colo, mas tudo bem, é só mais um caso de tantas que encontramos aqui. Isso vai desgastando e faz que repensamos muito o futebol. Até o atraso da ambulância sou cobrado”, desabafou.

Injuria racial

Werner Carvalho também falou do ato de racismo sofrido pelo técnico Edinho Rosa. Classificou como um ato lamentável e lembrou da dificuldade que passam os treinadores negros no futebol. “É muito triste isso. A gente faz todo um trabalho com os atletas, o Telminho (Telmo Hoeffel, vice presidente) conversou esses dias com nossos atletas e destacou esse tema. Aí vem um torcedor do próprio clube e comete esses atos de injuria racial contra Edinho Rosa”. O presidente também lembrou que o fato do técnico índio ter trabalhando no Novo Hamburgo, principal rival do Aimoré, possa ter contribuído. “Acho que ainda há um grau de ranço com a história do Edinho ter trabalhando no Novo Hamburgo. Infelizmente o torcedor é passional e acaba muitas vezes pegando e errando, cometendo um ato criminoso de racismo”. 

Precisa ter coragem

Depois que deixei o jornal local, onde mais de 10 anos cobri os times profissionais da nossa região, não tenho acompanhado de perto os bastidores do futebol. Mas quando ouço a manifestação do presidente do Aimoré, vejo que pouco mudou, aliás, nada mudou. Seguem os mesmos apaixonados pelos clubes tentando escrever um roteiro diferente para um filme que todos sabem o final da história. O desabafo do doutor Werner, um aimoresista deste criança, é mais um de tantos que ouvi ao longos dos anos. Todos tentam, fazem o máximo, mas até agora tudo se repete. Eu mesmo, que muito critiquei, me arrependo, pois não tenho resposta para o sucesso. Apenas admiro todos que colocam o nome a disposição do clube.

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