O governador em exercício Gabriel Souza anunciou o afastamento do diretor e de mais quatro servidores do Complexo Prisional de Canoas após a morte de um detento dentro da unidade prisional no sábado (23/11).
Além do diretor, foram afastados o chefe de segurança da unidade, dois supervisores de plantão e o agente que estava responsável, no momento do crime, pela segurança da galeria onde aconteceu o fato. Os afastamentos são temporários, enquanto durar a investigação. “Essa medida não se deve a qualquer tipo de confirmação ou crença do governo de culpabilidade desses servidores. O que queremos é uma apuração isenta e rigorosa, para entender o que aconteceu naquele dia”, afirmou Gabriel.
Como explicou o governador em exercício, a medida não pressupõe culpa dos afastados e foi tomada para garantir a total lisura das apurações – que poderão apontar inclusive para a possibilidade de retorno dos servidores.
O atual diretor-adjunto do Departamento de Segurança e Execução Penal da Polícia Penal, Clédio Muller, assumirá a diretoria do complexo provisoriamente, enquanto as investigações estiverem em curso. Os demais servidores afastados também serão substituídos.
O Estado determinou ainda novos procedimentos para coibir qualquer tipo de avanço da criminalidade no sistema prisional: a realização de três revistas diárias dentro da galeria onde aconteceu o crime e varreduras em outras unidades prisionais do Estado. Além disso, o governo está reforçando a segurança na Região Metropolitana.
“São fatos gravíssimos, que demandam uma resposta vigorosa e efetiva por parte do governo. Imediatamente, já no domingo, deslocamos mais de 500 policiais militares para reforçar a segurança das ruas das cidades de Porto Alegre e de toda a Região Metropolitana. O setor de inteligência também está mobilizado, bem como o Batalhão de Aviação da Brigada Militar”, ressaltou Gabriel. “Portanto, por ar e por terra, estamos atentos e alertas para qualquer situação que possa colocar em risco a vida das pessoas.”