Planos de saúde individuais podem ser reajustados em até 15,5% diz ANS

Publicado em:

Após um inédito reajuste negativo no ano passadoos planos de saúde individuais ou familiares poderão subir até 15,5% este ano. O percentual máximo de reajuste que poderá ser aplicado às mensalidades foi fixado nesta quinta-feira (26) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A decisão deve ser publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira (27).

É o maior percentual de reajuste já aprovado pela agência. O maior até então havia sido de 13,57%, em 2016, de acordo com os dados da série histórica da ANS, iniciada em 2000 (veja mais abaixo o histórico dos reajustes).

O reajuste será aplicado aos planos médico-hospitalares com aniversário no período de maio de 2022 a abril de 2023, contratados a partir de janeiro de 1999 ou que foram adaptados à nova legislação (Lei nº 9.656/98).

Em 2021, foi determinado um reajuste negativo de -8,19% nos planos de saúde individuais em razão da queda provocada pela pandemia no uso de serviços médicos, com adiamento de procedimentos como cirurgias e exames.

O reajuste anual é calculado com base nas variações das despesas com atendimento aos beneficiários, intensidade de utilização dos planos pelos clientes e inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

“O índice divulgado pela ANS é o maior da história e não é razoável no atual momento econômico que estamos enfrentando, com a inflação derretendo o poder de compra das famílias”, avalia Rafael Robba, advogado especialista em direito à saúde do escritório Vilhena Silva Advogados.

“Embora seja aplicado a uma parcela inferior a 20% do total de usuários de planos de saúde, o índice aprovado funciona como um ponto de partida para os reajustes dos planos coletivos empresariais e por adesão, que nunca foram inferiores aos da ANSInfelizmente, poderemos ver muitas pessoas deixando os convênios médicos e enfrentando dificuldades para conseguir um novo produto no mercado“, completa.

Estimativas

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) estimava que o percentual de reajuste ficaria “próximo a 15,8%”. Já a Federação Nacional de Saúde Suplementar projetava “reajuste de 15,7% neste ciclo”.

Segundo a Abramge, a retomada dos atendimentos adiados no ano anterior e a segunda onda da Covid-19, “muito maior do que a primeira”, pesaram no custo das despesas médico-hospitalares em 2021.

“Outros fatores que impactaram foram a inflação mundial de insumos (materiais, equipamentos e medicamentos) e a alta exponencial do dólar, moeda atrelada a grande parte dos insumos médico-hospitalares utilizados no Brasil”, destacou a entidade, acrescentando que os planos de saúde foram o único setor regulado com reajuste negativo em 2021.

Por G1

Compartilhe nas redes sociais

Mais Lidas

Leia também
Notícias

Nova bancada política do Berlinda assume microfones com humor e experiência

Cinco nomes de peso substituem Sônia Bettinelli na análise política da Berlinda, trazendo humor e expertise sobre a rotina leopoldense

Da tragédia à vitória: família da Campina supera enchentes e fatura R$ 95 mil no “Familhão”

Quando a cheia histórica de 2024 invadiu a casa...

Unisinos publica edital para 30 bolsas integrais 

A Unisinos está com inscrições abertas para o processo...

POR CÍNTIA MACIEL: A magia das meias coloridas

Meias coloridas, um riso escondidoEm cada par, um mundo...