ALERTA: Pelotas registra primeira cepa que surgiu no Reino Unido, a B1.1.7

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O Rio Grande do Sul registrou a circulação de mais uma linhagem do coronavírus, a B.1.1.7, chamada de “variante do Reino Unido”, com maior poder de transmissibilidade da Covid-19. Identificada em um morador de Pelotas sem registro de viagem nem contato com viajante, no final de fevereiro, a cepa se assemelha ao efeito da P1, já predominante e em incidência crescente no Estado, presente em 36 municípios. As informações constam no quinto Boletim Genômico da vigilância do SARS-COV 2 no Estado, divulgado nesta sexta-feira (16).

Detectada pela primeira vez em setembro de 2020 no Reino Unido, a nova linhagem apresenta em alguns casos maior severidade da doença e pode escapar dos anticorpos produzidos por algumas vacinas. No Brasil, até o presente momento, a B.1.1.7 havia sido registrada em pacientes no Distrito Federal, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. No caso do pelotense, no entanto, os sintomas apareceram em menor efeito e sem necessidade de hospitalização.

“Apesar de identificarmos a presença dessa nova variante, ela não se mostrou mais agressiva, tanto que não houve internação do paciente”, explica a bióloga Tatiana Gregianini, responsável pelo diagnóstico de vírus respiratórios do Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), e uma das coordenadoras do estudo.

Segundo ela, outras amostras serão analisadas para compreender se o caso de Pelotas é importado ou representa a possibilidade de uma transmissão comunitária da variante, ou seja, quando não é possível rastrear a origem da infecção, com o vírus circulando entre as pessoas, independente de terem viajado.

 

Principais variantes do novo coronavírus

Apesar do elevado número de linhagens circulantes, três delas preocupam quanto a alterações no comportamento do vírus:
P.1 – Popularmente conhecida como “variante de Manaus”
 Inicialmente detectada em novembro de 2020, em Manaus (AM). Estudo recente indica que essa linhagem provavelmente possua maior transmissibilidade e capacidade de infecção. Atualmente há registro dessa variante em pelo menos 36  cidades gaúchas, com o primeiro caso detectado em Gramado, no mês de janeiro de 2021.
B.1.1.7 – Popularmente conhecida como “variante do Reino Unido”
Detectada pela primeira vez em setembro de 2020 no Reino Unido, tem uma maior transmissibilidade, uma possível maior severidade da doença e pode escapar dos anticorpos produzidos por algumas vacinas. No Brasil, até o momento, havia registro apenas no Distrito Federal, em Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. No Rio Grande do Sul houve a primeira identificação no final de fevereiro de 2021, em um morador de Pelotas.
B.1.351 – Popularmente conhecida “variante da África do Sul”
Detectada pela primeira vez em outubro de 2020 na África do Sul, tem uma maior transmissibilidade, e alguns estudos já demonstraram uma possível diminuição da eficácia de diferentes vacinas contra essa variante. Não há registro de identificação no Brasil.
Fonte: Jornal do Comércio

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