As dificuldades da Zona Norte de São Leopoldo foram a pauta do Berlinda News Entrevista desta quinta-feira, 28, com a presença do líder comunitário, Valdir Simplicio.
Entre as principais reivindicações da comunidade está a presença de um médico clínico para atender as demandas da região. “Atualmente estamos sem médico na UBS Scharlau. Precisamos de médico, seja uma vez por mês ou uma vez por semana, de preferência que não seja com agenda para 30 dias”, afirma Simplicio.
Ele explica que hoje, muitos dos moradores da região precisam se deslocar até o Centro, cerca de sete a oito quilômetros, para uma consulta: “Por ficar distante, a Zona Norte ficou à deriva do governo, de todos os governos. Por ser distante do Centro e também da prefeitura, o olhar fica longe. Nós moradores sabemos da nossa realidade”.
Segundo o responsável pela atenção básica da saúde em São Leopoldo, Lotário Souza, a contratação de um profissional está complicada. “O nosso médico da rede está afastado por ter feito uma cirurgia no joelho. Sabemos da necessidade e que a demanda existe. Estamos fazendo um esforço grande. Estou há dois meses tentando contratar um médico e não consigo, pois alguns querem ficar por um determinado período e depois partem para se dedicar à residência. Está bem difícil e não só na Scharlau”, esclarece.
Necessidades
Conforme Simplicio, há cerca de 20 anos a Associação de Moradores tinha médicos para atender a população, mas com o decorrer do tempo, equipamentos foram levados para outros lugares e os médicos também. “Em 2016 fizemos reuniões com o secretário de saúde da época (Ricardo Xarão), conseguimos que o Ônibus da Saúde iria atender as pessoas lá. O Ônibus vai uma vez por mês e distribui 12 fichas. Ontem às três horas da manhã já não tinha mais ficha. O ônibus chega às 8h30 da manhã, e das 12 fichas, a metade é troca de receita para pegar a medicação na Farmácia Popular”, relata.
Lotario explica que, por determinação do Conselho de Medicina, no Ônibus da Saúde deve ser feita uma consulta a cada meia hora: “O Ônibus tem um médico, um enfermeiro, e uma técnica de enfermagem. Queremos comprar um novo ônibus para ampliar o atendimento no próximo ano, mas ainda não está nada definido, pois há muita dificuldade das empresas que fazem a adaptação para esse tipo de ônibus. Pedi três orçamentos e só duas empresas me responderam. Mas, para 2022 esperamos melhoras significativas na saúde”
Ouça abaixo a entrevista completa