A situação do Rio dos Sinos não é boa. Em São Leopoldo o rio está 1,12 metros abaixo do normal. Conforme o coordenador da Defesa Civil do município, na última atualização, na manhã desta terça-feira (22) o rio está 1,38 metros.
Quem passa pelas pontes conseguem observar a baixa do rio pelos bancos de areia e mata auxiliar que segue aumentando conforme o nível cai. O alerta neste momento é pelo uso racional da água.
Conforme o diretor do Semae, Maurício Miorim, “o ideal é fazer o uso racional da água, ou seja, não desperdiçar a água tratada no dia a dia. O Semae consegue captar água no Rio dos Sinos mesmo com o nível do rio abaixo de um metro, nos últimos anos não tivemos problemas com racionamento de água, mas, mesmo assim, com o alto consumo, a água chega com baixa pressão nas extremidades do município, o que pode ocasianar falta d’água nessas localidades. Todos os anos, nesse período específico, a autarquia promove campanhas de conscientização sobre o uso racional da água, com dicas fundamentais sobre o consumo. Se o rio está baixo e a temperatura está alta, a água nas torneiras é essencial para todos. Então, nesses momentos, é fundamental que as pessoas evitem lavar calçadas, lavar o carro, tomar banho demorado, lavar a louça ou escovar os dentes com a torneira ligada. Essas pequenas atitudes podem contribuir para que a água chegue a todos os leopoldenses”.
A boa notícia é que vem chuva e com isso o nível deve aumentar um pouco, mas o calor previsto para hoje deve haver um consumo de água ainda maior na cidade.
DRAGAGEM
A dragagem do Rio dos Sinos está prevista para iniciar em novembro, após a aprovação do licenciamento pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). A Mineradora Gama foi autorizada a explorar a região como parte dos esforços para minimizar os riscos de cheias, que afetam São Leopoldo e municípios vizinhos.
De acordo com o Superintendente Geral de Urbanismo de São Leopoldo, João Henrique Dias, a dragagem é uma medida importante, mas isoladamente não é capaz de evitar grandes inundações. “É importante destacar que, mesmo com o rio desassoreado de Caraá até o Guaíba, o que aconteceu em maio não teria sido evitado. O volume de água em um curto espaço de tempo foi catastrófico”, afirmou.
Trecho de 1.200 metros será dragado
O geólogo e diretor do Controle de Cheias de São Leopoldo, Antonio Geske, explicou que o trecho que será dragado tem 1.200 metros de extensão. “A mineração deve começar entre o final de outubro e o início de novembro. O trabalho abrangerá o espaço que começa um pouco antes da ponte da BR-116 e segue até a curva do rio, em direção à João Corrêa”, informou.
Geske ainda destacou que o trecho mais crítico se estende da ponte férrea até a casa de bombas da Campina, que precisa estar sempre em condições de escoamento para garantir a segurança da população.
Na imagem abaixo é possível ver o trecho que será dragado, representado pelas linhas vermelhas.