São Leopoldo chega a 635 casos de dengue nesta quinta-feira e 284 pessoas aguardam resultados

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Os números de pessoas com dengue em São Leopoldo não param de crescer. Nesta quinta-feira (29) o painel de monitoramento de Aedes aegypti do Estado aponta que o município chegou a 635 casos registrados e 284 casos sob suspeita, indicando que o número irá aumentar nos próximos dias.

Nesta quinta-feira também o prefeito Ary Vanazzi e a Secretária de Saúde Andreia Nunes estiveram no Ministério Público tratando sobre o tema dengue e falaram das ações. Vanazzi apresentou as ações realizadas pelo Executivo e buscou apoio do MP na sensibilização da população e na tomada de medidas mais enérgicas no que diz respeito a casas abandonadas.

A promotora Carla Adami da Silva se colocou à disposição para auxiliar nas iniciativas e alinhar ações nos próximos dias. “Acompanho a situação de perto, vivo o dia a dia da cidade. Da minha janela vejo piscinas abandonadas em residências. O interesse público sempre deve se sobrepor”, afirmou.

DIA D

A Secretaria Municipal da Saúde (Semsad) realizará o “Dia D” para combater a dengue em São Leopoldo. As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Paim, Vicentina, Brás e Padre Orestes irão abrir e prestar atendimento neste dia. O expediente será das 8h às 16h, sem fechar ao meio-dia. O atendimento é, prioritariamente, para casos de dengue, mas toda a população será recebida em livre demanda. A Farmácia Móvel é outro serviço que estará à disposição em frente à UBS Vicentina, no mesmo horário de atendimento.

No sábado à noite, durante a programação do Desfile de Carnaval de São Leopoldo, uma equipe da Semsad estará na avenida Dom João Becker passando orientações e entregando material informativo de prevenção e cuidados para evitar focos do mosquito transmissor.

“São Leopoldo vive a nona semana epidemiológica, ou seja, de agravamento da contaminação da doença, o pico deve ocorrer entre a 14ª e 15ª semana. Por isso a nossa preocupação. A expectativa de redução ocorre na 20ª semana. Diante desse alerta, é importante que a população se previna e tome os devidos cuidados, cuidando das casas e usando repelentes. Nosso trabalho é diário visitando residências, limpando ruas, mas é fundamental a colaboração dos moradores evitando o acúmulo de água nos pátios”, reforçou a secretária da Saúde Andréia Nunes.

ESTADO FAZ REUNIÃO

Com 9.608 pessoas contaminadas e oito óbitos em 2024 a Secretaria de Saúde do Estado faz reunião com gestores e entidades para acertarem reforço nas ações contra a dengue. Estão entre as medidas encaminhadas durante o encontro, coordenado pela secretária da Saúde, Arita Bergmann, a realização de campanhas contra a dengue nas escolas, intensificar, inclusive nos prédios públicos, a busca pelos focos de reprodução do inseto, reforço no tratamento oferecido pela Atenção Primária nos municípios para a rápida identificação de sintomas e qualificação na oferta de tratamento à população, como a hidratação oral.  “Os nossos profissionais da área da saúde estão imbuídos de participar, de colaborar, em busca de objetivos concretos no combate à dengue”, disse Arita Bergmann. “Sempre em parceria com a vigilância em saúde e a reestruturação da nossa rede assistencial para que possamos também diminuir não só os casos de dengue, mas especialmente os casos em que há necessidade de internação, com vítimas indo a óbito”. 

 Casos superam 2023  

 Nesta quinta-feira (29), o Rio Grande do Sul registra a terceira maior letalidade do país pela dengue, com oito óbitos confirmados. O Estado também registra um aumento de 1.100% no número de casos confirmados nas últimas quatro semanas em comparação com o mesmo período em 2023. No total, são 9.608 casos confirmados em 466 dos 497 municípios gaúchos.  “Nas sete primeiras semanas do ano, tivemos uma alta incidência de dengue no Estado comparado a 2022 e 2023”, explicou a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, aos participantes. “Hoje temos em circulação no Brasil quatro tipos de sorotipos (variações do vírus transmitido pelo Aedes aegypti). Isso nunca aconteceu”.   

Quanto mais sorotipos em circulação, mais preocupante a situação da epidemia, de acordo com a diretora. No Estado, são dois sorotipos em circulação, situação menos grave do que no resto do país, permitindo uma ação mais efetiva contra a dengue, mas que exige maiores cuidados no atendimento aos pacientes de dengue.  

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