No Berlinda Entrevista desta quarta (11), o vereador e recém-eleito presidente do PSD de São Leopoldo, Marcelo Pitol, falou sobre seus planos à frente do partido, a eleição da nova executiva do PSD – marcada por algumas divergências internas – e, especialmente, sobre suas ambições futuras, incluindo uma candidatura a deputado estadual.
De olho em 2026
O ex-goleiro com mais anos de atividade no futebol gaúcho, surpreendeu seus entrevistadores ao afirmar que seu grande objetivo no cenário político, é futuramente se lançar a deputado estadual. “Quero fazer um bom mandato como vereador, mas nossa cidade precisa de um deputado estadual para ter maior representatividade regional”, afirmou Pitol.
Ele revelou ter conversas com o deputado federal Danrlei, que “sinalizou ser importante” seu nome para 2026. “Se a população achar pertinente ter alguém que trabalhe pela cidade, trazendo mais recursos, certamente vou avaliar. Meu objetivo é deputado, não prefeito”, reforçou
Eleição interna e boatos de desconvite
Pitol venceu a disputa pela presidência do PSD com 2.311 dos 6.818 votos, superando nomes como Brasil Oliveira e Gilmar Pinto. Ao Berlinda, alguns filiados alegaram não ter sido convidados para o pleito interno, informação que o presidente eleito rechaçou.: “É inverídico. Todos receberam chamamento para votar e para compor a Executiva, inclusive dirigentes em exercício”, sinalizou. Pitol disse manter boa relação com aliados e a definição do partido foi definida pela executiva estadual: “Não tenho problemas com ninguém no partido. Trabalho em parceria e quem quiser somar está bem-vindo”.
O ex-atleta apontou que há alguns descontentamentos internos, em razão de acordos ou alinhamentos com a Executiva anterior, presidida pelo então vereador Brasil Oliveira. “O PSD foi aliado do governo municipal anterior do Ary Vanazzi. E segue sendo aliado do prefeito Heliomar, isso faz parte do jogo político. Tem pessoas do PSD que ocupam espaços atualmente dentro da prefeitura. O PSD do ano passado tinha outra nominata e tinha acordos com a prefeitura anterior. Mas eu não estava ali como presidente e não posso responder por isso”, comentou.
Trajetória política e origem no PSD
Ex-goleiro profissional – atuou em Grêmio, Juventude, Caxias e outros – Pitol afirmou carregar do esporte lições de disciplina e resiliência: “Na vida política há enfrentamentos desnecessários. Tudo é novo para mim; nunca tive ideologias partidárias. Me vejo eleito pela comunidade e na obrigação de ajudar, independente de cor partidária.” Ele ingressou no PSD a convite de Danrlei e lançou candidatura a deputado estadual em 2022, não sendo eleito. Voltou a concorrer no ano passado pelo pleito municipal, a qual teve êxito.
Pitol reforçou que não tem um lado ideológico partidário, o que facilita um maior acesso ao diálogo. “Muitas das pessoas que trabalham comigo tem esse mesmo sentimento e pensamento. Não são pessoas da política, que vieram deste meio, mas sim pessoas com boas intenções, proativas, querendo trabalhar e ajudar a cidade. São pessoas que tem vínculos com a cidade”, reforçou.
Projetos prioritários
Além de presidir o partido, Pitol detalhou iniciativas em curso, inclusive, com o recebimento de uma emenda de R$ 800 mil do deputado Danrlei, que será destinada a dois projetos:
-
Praça acessível (CELCA): Será a primeira praça de esportes adaptada para pessoas com deficiência, no ginásio municipal, com brinquedos e aparelhos inclusivos, já autorizada pelo prefeito.
-
Posto de coleta de sangue: Projeto que já está encaminhado com a Secretaria de Saúde, para aumentar o estoque de hemocomponentes.
Proximidade com a população
Sobre atender demandas no corpo a corpo, Pitol comentou: “Procuro não mentir nem criar falsas expectativas. Levo sugestões ao secretariado e ao prefeito: algumas são viáveis, outras são burocráticas. Em um caso, a Escola Rio Branco pedia faixa de pedestres há três anos; resolvemos em uma semana. Pequenos gestos transformam vidas”, frisou.
Alicerces para o futuro
Pitol anunciou agenda com o governador Eduardo Leite para discutir repasses ao município, sobretudo para obras pós-enchentes de 2024. “Ainda estou me colocando a par da realidade local. São Leopoldo é enorme e confesso que não conheço a cidade inteira”, refletiu. Em seguida, reforçou: “Não descarto concorrer em 2026. Se for tão logo, estou preparado; e, se for depois, continuarei trabalhando pelo partido e pela cidade”.
Confira o Berlinda Entrevista na íntegra: