Com as operações acontecendo de forma improvisada desde o final de maio, a Estação Rodoviária de São Leopoldo volta a ser pauta. Na manhã desta segunda-feira, compareceram aos estúdios da Rádio Berlinda o Superintendente de Revitalização Urbana, Anilton Pereira e o Diretor de Mobilidade Urbana, Rafael Pazinato. Em entrevista, os dois afirmaram que a prefeitura vem estudando a melhor forma de aproveitar o espaço público.
De acordo com Pazinato, a intenção é que a mobilidade urbana seja o centro dos projetos que estão em estudo. “Hoje as ideias que se tem é de transformar o espaço num mercado público. Ocupando os espaos com geração de renda, cultura,com pessoas ocupando o espaço e gerando segurança e valorizando o espaço. O futuro da rodoviária é ter espaço sendo ocupado pelo poder público e pela população”, destaca.
A ideia de transformar a rodoviária em uma espécie de Mercado Público não é recente, de acordo com o historiador Márcio Linck . “A rodoviária foi projetada para ser um mercado público. E é uma ideia que já vinha desde o Intendente Guilherme Gaelzer Neto, corroborada mais adiante pelo Theodomiro Porto da Fonseca e no governo Germano Hauschild foi feito o projeto.”
O prédio que conhecemos foi inaugurado com uma exposição Industrial de São Leopoldo pelas festas e comemorações pelo Dia do Colono foi o prefeito Siegbert Saft em 22 de julho de 1961 e, no mês seguinte, passou a funcionar como rodoviária Germano Hauschild.
Reformas imediatas
O projeto de revitalização do espaço e adequação é algo que vai levar tempo ainda, mas existem reformas emergenciais que precisam ser feitas. O Superintendente de Revitalização Urbana, Anilton Pereira destaca que a reparos na fiação eletreica, telhado, forro e outras estruturas serão feitas em breve. “Como falamos de um prédio histórico, temos que ter um cuidado maior. Já solicitamos um estudo técnico da estrutura e dos riscos. São dois prédios: a parte histórica e o prédio novo que é a parte da plataforma. O custo com a reforma deve ser de cerca de R$ 700 mil reais ”.
Após o estudo,haverá uma licitação do projeto para os dois prédios, que contemple toda a mobilidade urbana do local, tendo em vista a passagem de pedestres e também de veículos.
Segurança
Desde o início do ano, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Serviços Urbanos (Semurb) assumiu a responsabilidade sobre o espaço. Com isso, foram identificados problemas na segurança e também na limpeza dos espaços públicos. Em um esforço conjunto, atualmente existe um reforço da Guarda Municipal no local.
Outro ponto sensivel na região, é a situação das pessoas em situação de rua. A assistência social municipal foi chamada e tem realizado um trabalho no sentido de acolhimento dessas pessoas.
Vale destacar que atualmente existe uma concessão do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) concedido à empresa Rodosinos que é quem faz a venda de bilhetagem da Estação Rodoviária.
Comércio
No local existem 16 salas comerciais, que são concessoes públicas. Com o cenário econômico que se desenrola desde a pandemia, a diminuição do fluxo de passageiros e, recentemente, as cheias que atingiram o município, a prefeitura acredita que há uma dívida de mais de R$ 1 milhão em aluguéis atrasados. A prefeitura também identificou que há a necessidade de diversificar o comércio do local. Isso será incluído no projeto. “Não vamos tirar ninguém de lá, mas queremos planejar melhor o espaço. E estamos sempre abertos ao diálogo”, destaca Pereira.
Integração
Questionado sobre a integração do transporte público municipal,Pazinato destaca que essa não foi uma questão priorizada em projetos anteriores, mas que agora está no centro da pauta. ‘Iremos licitar até setembro um plano de mobilidade urbano, que contemple o transporte público, mas tambpem outros modais como ciclovias.”
Atualmente existem estudos para transferir toda a integração para a estação Unisinos por causa da estrutura que há no local e na tentativa de desafogar o trânsito na região central.
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