O principal registro na posse da nova titular da pasta da Habitação de São Leopoldo, Karina Camillo, mostra o tamanho da corrente Articulação de Esquerda (AE), da qual fazem parte o prefeito Vanazzi e o secretário Marcel Frison, os dois principais ou mais fortes nomes do governo na cidade. Simbolicamente mostra a origem do Partido dos Trabalhadores (PT) na luta pela moradia, processo que atravessa gerações de petistas e agora com uma secretária que “nasceu” no movimento como disse o prefeito “Lembro quando ela (Karina) era pequena e andava com o pai nas grandes ocupações na Região Nordeste”.
Renovação de lideranças
A imagem e a fala do prefeito Vanazzi, ao se referir à nova secretária de Habitação, também permite uma reflexão sobre a dificuldade dos partidos políticos em criar ou dar espaço para novas lideranças, cujo principal papel seria uma sucessão natural sem crises, disputas acirradas pelo poder. O comando é o mesmo da fundação do partido em fevereiro de 1980, ou seja, há 43 anos.
Regularização
Entre os desafios da secretária Karina Camillo está a regularização de moradias em São Leopoldo. O alinhamento com o governo federal é fundamental para enfrentar o desafio. Por outro lado, é preciso correr contra o tempo para que no ano do Bicentenário (2024) milhares de pessoas possam celebrar a posse oficial da moradia.
Polarização
A polarização política do Brasil segue forte nas manifestações das lideranças. “Hoje, nosso governo se orgulha de ter construído escolas, postos de saúde e calçamento. Tudo isso começou com a luta pela moradia digna da qual a Karina é oriunda. Por isso, muitas pessoas têm raiva do nosso governo, porque nós trabalhamos para que as pessoas mais humildes dessa cidade tenham acesso a mais qualidade de vida”. Parte da fala do prefeito na posse de Karina Camillo.