Conheço muito o Aimoré. Seus dirigentes, seus conselheiros, seus torcedores. Vivi diariamente o clube ao longo de muitos anos. Fiz muitas matérias. Escrevi muitas vitórias e derrotas. Cobri acessos e rebaixamentos. Relatei problemas, elogiei acertos. Dirigentes novos cheios de ideias e outros conservadores defendendo o sucesso do passado. Todos lutando pelo mesmo objetivo: tornar o Aimoré um Real Madri do Vale dos Sinos.
Futebol não tem receita certa
Aprendi de certa forma que todos tem razão no futebol. Do presidente ao torcedor. Ninguém escala os mesmos 11. Cada um tem seu time. Cada um tem a receita certa para o sucesso. Vale para Aimoré, Grêmio, Inter e Real Madri. Vale para a seleção da Alemanha ou França. Vale para o Brasil.
Eliminação precoce
O Aimoré sofreu mais uma eliminação. Precoce é verdade, mas faz parte do futebol. Durante muito tempo eu apontei os erros. Achava que era simples. Aí escrevia. Mas futebol não é simples. É paixão. É paixão dos torcedores, mas muito mais dos dirigentes. Aliás, todo dirigente é torcedor. Portanto, não criticamos o dirigente, estamos criticando o torcedor.
Segredo do sucesso
Eu achei que tinha o segredo para o sucesso. Mas no futebol o único segredo são as vitórias. Os títulos. Nenhum clube resiste as derrotas. Nenhum treinador, por mais vitoriosos que seja, resiste as derrotas. Felipão, que vestiu a camisa do Aimoré, ganhou o mundo. Ganhou todos os títulos que se possa imaginar como técnico. Nem sei quantas vezes foi demitido. Ou seja, o futebol não tem memória. É momento. É vitória. É taça no armário. O resto, para o futebol, é fracasso.
Recomeçar
O Aimoré terá que recomeçar. Não será a primeira vez e nem será a última. O índio já recomeçou tantas vezes. Claro que cada dia é mais difícil, mas vai recomeçar. Assim como outros clubes caíram e voltaram.