Votar em um dos 175 candidatos a vereador (caso de São Leopoldo) não significa que o eleitor decidiu após analisar um a um dos nomes (que seria o ideal). Como são muitos candidatos sempre haverá o vizinho, o amigo, o familiar, enfim alguém próximo. “O voto a vereador é por afetividade”, avaliou o jornalista Adroaldo Diesel no Política Capilé desta quarta-feira (28), trazendo para a análise o voto e a tragédia climática do início de maio. “Um eleitor falou que dessa vez irá votar em quem o ajudou na enchente levando comida para os seus animais que estavam isolados”. Para o historiador Ibanes Mariano, após a votação para as 13 vagas da Câmara de Vereadores, é importante analisar se os candidatos “filhos da enchente se elegeram, aqueles que atuaram na ajuda e depois decidiram concorrer”, observa Mariano.
Descolado da majoritária
“Cresce muito entre os candidatos a vereador esse comportamento mostrando que o partido não faz diferença para quem escolhe essa direção. Mas logo aí na frente, quando as urnas forem abertas, se a majoritária fizer poucos votos o candidato também fará. Será que vale mesmo essa aposta durante a campanha?” Ibanes Mariano
Apolítico
“Existe um movimento muito forte e que não é só do Brasil, é internacional, é o apolítico, é o apartidário que fará sua votação, independente da sigla que estiver no momento da eleição. Sobre o perfil de vereadores que poderão ser eleitos, nomes novos que lidam bem com a rede social e além disso tiveram uma atuação muito forte na enchente. Acho que muitas pessoas podem escolher o vereador por alguém que o ajudou.” Adroaldo Diesel
Erro da majoritária
“Na minha avaliação o partido que escolhe um vereador para eleger está cometendo um erro. Desmotiva o grupo e como eleição depende de todos os votos para a legenda, o próprio escolhido pode ser muito prejudicado e o partido ficar sem bancada.”
Ouça o programa completo