O Hospital Centenário, em São Leopoldo, segue operando sob protocolo de superlotação, medida que restringe o atendimento para casos de menor gravidade. O vice-presidente operacional da instituição, Leonardo Câmara, explicou a situação em entrevista ao programa Tá Na Hora na Berlinda, na manhã desta quarta-feira (12).
“A realidade é que o hospital está atuando em protocolo de superlotação, definido pelo Ministério da Saúde. Quando atingimos um determinado número de pacientes, precisamos restringir o acesso. Mas é importante reforçar que o atendimento não está negado. Quem necessita de emergência e urgência pode vir até o hospital. Apenas os casos mais leves devem buscar atendimento em unidades básicas de saúde (UBSs)”, afirmou.
De acordo com Câmara, a instituição está operando com 140% da capacidade, principalmente devido ao grande número de pacientes graves. “Recebemos muitos casos que necessitam de atendimento emergencial, por isso acionamos o protocolo de superlotação”, explicou.
A emergência do hospital conta com 39 leitos, distribuídos entre diferentes setores. “Temos 12 leitos para medicação, destinados a casos menos graves, a sala amarela para pacientes intermediários, que necessitam de atenção médica contínua, e a sala vermelha, que atende casos de risco iminente de morte”, detalhou o vice-presidente.
Referência em traumatologia, o Hospital Centenário recebe pacientes de diversas cidades da região, como Portão, Estância Velha e Sapucaia do Sul, especialmente vítimas de acidentes nas rodovias. “São muitos casos de politraumatismo e traumatismos leves, além de outras complicações”, destacou Câmara.
Na tarde de terça-feira (11), a direção do hospital emitiu uma nota oficial reforçando que a prioridade segue para pacientes graves e em situação de emergência, como infartos, traumas, derrames e infecções severas. O comunicado orienta que a população busque atendimento para casos menos urgentes nas UBSs ou em unidades como o Centro de Saúde Feitoria e a UPA Zona Norte.