Fundada em 2012, a Associação Roessler nasceu da necessidade de criar uma organização não governamental voltada à preservação dos parques. A entidade leva o nome de Henrique Luiz Roessler, um dos pioneiros do ambientalismo no Brasil e fundador da União Protetora da Natureza (UPN), em 1955, considerada a primeira entidade ambientalista combativa do país. Hoje, a Associação retoma suas atividades com um escopo mais amplo, voltado à proteção ambiental como um todo, em resposta aos recentes eventos climáticos que abalaram a região.
Na manhã desta sexta-feira (3), o presidente da Associação, Darci Zanini, concedeu entrevista ao portal Berlinda e destacou a importância da atuação política da entidade.
“Nossa atuação é política, não fazemos jardinagem”
Zanini reforçou o caráter combativo da Associação, inspirado em ícones como Henrique Roessler e Chico Mendes. “O partido você desvincula, mas nossa atuação é política. Seguimos duas figuras importantes: Roessler e Chico Mendes. Este último sempre dizia que não se faz meio ambiente sem luta social, que meio ambiente sem luta social é jardinagem. Nossa atuação é política, não fazemos jardinagem”, afirmou.
O presidente também criticou o planejamento urbano das cidades frente às mudanças climáticas. “O despreparo das cidades para as mudanças climáticas é planejado. As cidades foram estruturadas para o caos. As construções são pensadas para isso.”
Educação ambiental como prioridade
Zanini destacou que a missão da Associação é intensificar a educação ambiental. “Nosso foco é pregar o cuidado com o meio ambiente. Explicar às pessoas por que não se deve remover a mata ciliar, facilitar a compreensão e revolucionar essa mensagem”, disse.
Para 2025, a entidade planeja uma série de ações educativas, com destaque para a Virada Ambiental, programada para 16 de novembro. “Será um grande encontro em São Leopoldo para mostrar ao país como falar de meio ambiente de forma atrativa”, anunciou.
A importância de cumprir acordos internacionais
O presidente também alertou sobre os riscos das mudanças climáticas. “Se não pararmos de emitir gases de efeito estufa, não há estrutura que aguente. Fazer os diques é importante, mas não sabemos o que está por vir. Os acordos internacionais são cruciais, mas precisam ser cumpridos”, destacou.
A Associação Roessler reafirma seu compromisso com a luta ambiental, promovendo ações práticas e educativas, enquanto cobra responsabilidade das esferas públicas e privadas na construção de um futuro mais sustentável.
Confira a entrevista completa:
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