POR JULIANO PALINHA
Uma triste notícia para os frequentadores do Manhattan Ilha Bar, um dos bares mais charmoso da Rua da Praia. Os proprietários resolveram que a partir do dia 7 de julho de 2020, o estabelecimento não abriria mais suas portas. Fechado há mais de 100 dias, a família do Zé Manhattan, nome como é carinhosamente chamado José Luiz Spanholo, de 61 anos, decidiram não reabrir mais o local, mesmo que tudo volte ao normal. “Foi uma decisão muito difícil. Já choramos muito. Parece que o mundo desabou. Não é apenas um bar, é uma casa de amigos. Um lar familiar. Sabemos o gosto de cada cliente que chega. O tipo de comida que gosta. Bife mal passado, bem passado. Marca da bebida. Sempre houve uma cumplicidade enorme nós e o cliente, mas diante da situação não tem como permanecer”, lamenta Sandra Romer, 59 anos, esposa do Zé.
As despesas com aluguel, luz, água, funcionários e demais boletos pesou, mas segundo Sandra, a saúde dela e do marido, que já sofreu um infarto, foi fundamental. “Infelizmente não tem como seguir. Os custos são altos. Ninguém ajuda. Não há incentivo algum por parte do governo. O Zé já teve um infarto. Então melhor é fechar e pedir a Deus que nos dê saúde e força para seguir em frente”
Em dezembro o Manhattan Bar completaria 4 anos. Localizado no final da Rua da Praia, no bairro Rio dos Sinos, o local foi todo reformado e pensado, segundo Sandra, para os clientes que iriam frequentar o bar. Na curva que o Rio e um dos seus braços se encontram. “Fizemos churrasqueiras, mesas sobre medidas. Tudo para o pessoal se sentir em casa”, relembra.
A família Manhattan tem outro bar, na Rua Independência, no Centro de São Leopoldo. Segundo Sandra, o bar foi fundado em 1993 e também está fechado respeitando o decreto. Porém, após decidirem pelo fechando do bar da Rua da Praia, receberam a triste notícia que o local sofreu um arrombamento. “Parece que tudo acontece na mesma hora. Na madrugada de terça-feira entraram no bar do Centro e levaram 2 TVs, bebidas, cigarro e dinheiro. Além de revirar tudo. Uma loucura. É tudo muito difícil”, desabafa.