No final da tarde de ontem (12), Silva Luísa da Silva, 39 anos, mãe que a eco mostrou dois bebês, mas ela ganhou somente uma menina recebeu alta do Hospital Centenário.
Segundo Silvana, a menina que nasceu de parto normal e com 1,7 quilos, segue na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para ganhar peso. “Eu ganhei alta no final da tarde. Mas retornei agora (ontem à noite) para amamentar a criança”, disse Silvana às 20 horas desta quinta-feira.
A moradora da Ocupação Steigleder disse que nesta sexta-feira (13) fará o Boletim de Ocorrência sobre tudo que ocorreu.
Silva diz que teve acesso aos exames da placenta, mas não fez nenhum comentário sobre.
O caso e o posicionamento da mãe
Silvana da Silva, de 39 anos, procurou o Hospital Centenário em 7 de junho acreditando estar grávida de gêmeas, conforme dois dos três ultrassons realizados: a primeira ecografia realizada em laboratório de Porto Alegre, mostrava apenas um bebê, porém as duas ecos seguintes solicitadas em consulta no Centro Capilé, apontou para uma gestação gemelar, ou seja, gêmeas.
Preparada para acolher Aysla e Ayla, deu à luz apenas uma menina de 1,7 kg. Após as manifestações do diretor e prefeito, Silvana conversou com a reportagem do Berlinda, questionando o Boletim de Ocorrência Online aberto pela Prefeitura, sem a sua anuência. “Quem irá fazer o BO sou eu, não o prefeito. Assim que que tiver alta”, finalizou na quarta-feira, após coletiva de imprensa do prefeito e o presidente do Centenário.
Hospital reafirma correção dos procedimentos
Na coletiva de imprensa da última quarta-feira o diretor‐presidente do Centenário, Ricardo Silveira, ressaltou que toda a conduta obstétrica seguiu os protocolos habituais. “No sábado recebemos a paciente após as 17h, com sua carteira de gestação, laudos e documentos, e, como de praxe, deu entrada normalmente para o parto. Durante o atendimento, nossa equipe constatou que havia apenas um feto. Todos os procedimentos foram realizados dentro da normalidade”, destacou e acrescentou. “A parturiente foi carregada ao bloco clínico para fazer uma cesária. A situação clínica daquele momento diante dos laudos e da situação de urgência e emergência, das dificuldades do trabalho de parte da mãe levou a equipe a todos os cuidados necessários para evitar qualquer possibilidade de dano a essa paciente ou até mesmo a existência de uma segunda criança. Nós não podemos questionar dados científicos, indicadores científicos de como os procedimentos médicos e assistenciais de toda uma equipe acontecem num momento de parto”, explicou.
Ele lamentou a divulgação “covarde” de informações desencontradas nas redes sociais e garantiu que o hospital respeita a Lei Geral de Proteção de Dados, preservando o sigilo dos prontuários.
“Creio que esse fato foi explorado de forma covarde nas redes sociais e estamos apurando e onde partiram informações desencontradas, de que havia a comprovação de se tratar de duas crianças. Por parte do hospital, todos os procedimentos para a condução do parto foram feitos dentro da normalidade. Sobre o que se passou fora do Hospital, não posso me manifestar”, frisou.
Boletim de Ocorrência e sindicância na Prefeitura
Também na coletiva o prefeito Heliomar Franco informou que, diante das divergências entre os exames realizados em laboratórios externos e o desfecho clínico, a Prefeitura registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia Online nesta quarta-feira. “Cabe agora à nossa Corregedoria instaurar um procedimento administrativo disciplinar para apurar a origem deste erro — se de ordem técnica ou humana. Quero acreditar que foi uma falha involuntária, mas os responsáveis serão responsabilizados na medida de sua culpabilidade”, apontou o prefeito. Segundo ele, o processo interno pode levar de 60 a 120 dias, prazo em que serão analisados os laudos do laboratório terceirizado que apontou inicial gestação gemelar.
