Integrantes do sétimo andar do governo Vanazzi, especialmente Ibanês Mariano, estão ouvindo a bancada governista sobre o projeto dos vereadores Falcão (MDB) e Gabriel Dias (Cidadania) que muda o índice que reajustou o IPTU em 20,92%, usando o IGP-M. É o assunto delicado porque parte da bancada governista está sendo pressionada por suas bases para votar pela redução do IPTU. E até agora a única proposta que atende esse anseio é o projeto da oposição.
Alternativa
Entre as saídas do governo está articulação para um parecer inconstitucional ao projeto e manter isso no plenário. Essa alternativa transfere toda a carga e o desgaste eleitoral para os vereadores governistas que serão cobrados na base. Outra possibilidade é o próprio governo enviar um projeto à Câmara, com algumas modificações, mas que ao fim e ao cabo, muda o índice e reduz o reajuste. Dessa forma, a mudança de índice não passaria pelo projeto da oposição.
Sem parecer
Na reunião da CCJ de hoje (3) a informação é que o único projeto que ficou sem parecer é da oposição que propõe reajuste do IPTU agora pelo INPC, mesmo índice usado para reajuste dos servidores públicos e do salário mínimo. A falta de parecer pode estar relacionada às conversas entre governo e governistas. O petista Tiago Silveira é o presidente da CCJ e relator dessa matéria.
INPC é mais estável
Entre os argumentos dos vereadores Falcão e Gabriel Dias, a escolha pelo INPC resultou de uma pesquisa mostrando que nos últimos 10 anos, o INPC é o mais estável sem muita oscilação, ficando entre 3% e 7%.