Diretor da Promotoria Pública de São Leopoldo, Ricardo Rodrigues, sabe os artigos, parágrafos, incisos, alíneas, itens da Constituição que garantem direitos de todos, inclusive dos animais. Há 20″ dias porém, a letra fria da lei não significa definir o que é prioridade. “Tudo é prioridade porque estamos em CALAMIDADE. Não podemos exigir atenção unicamente para a minha causa, a sua causa. Temos que atuar com olhar de drone por cima da floresta. Toda a árvore é importante, se eu ficar só numa árvore, vou deixar as outras desguarnecidas. É o mesmo cobertor pra tudo”, disse o promotor Ricardo Rodrigue, no Berlinda News Entrevista desta quarta-feira (22), apelando pela união de todos, por empatia.
CALAMIDADE X NORMALIDADE
“Então não podemos, por motivos A,B, C dizer que a sua causa é a mais importante. Temos que pensar no todo, mas infelizmente determinados segmentos colocam as suas pautas como prioritárias e azar do resto, azar da criança sem aula, que está no abrigo, azar do paciente que interrompeu o tratamento. Azar, o que importa é a minha causa. A gente precisa mudar isso. Nós do MP, estamos olhando de drone. O Poder Público Municipal tem recursos de pessoal, de equipamento e financeiro finito. Hoje, no estado de CALAMIDADE nós não temos como atingir e resguardar todos os direitos da forma que poderíamos fazer em estado de NORMALIDADE.
CAUSA ANIMAL
“No abrigo do Carrefour nós atingimos o limite, são 1,2 mil animais, isso sem contar os que estão em outros abrigos e demais locais. Mas se nós formos canalizar todos os nossos recursos humanos, materiais e financeiros para resguardar todos os animais de São Leopoldo, deixaremos desguarnecidos crianças, idosos, salvamento de vidas humanas. Isso não significa que a causa animal não é prioritária. Ela é prioritária, mas temos que dar prioridade de forma equilibrada.”
FAKE NEWS Defesa Civil
“Virou esquizofrenia por conta polarização e o Ministério Público (MP) adotou a contra informação, tentar restabelecer a verdade como faz a imprensa, os órgãos públicos. Depois vai para investigação criminal caso a caso. Por exemplo, o caso envolvendo a Defesa Civil de São Paulo está em investigação. Mandamos para o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).”
ETAPAS
“Precisamos tratar o problema por etapas, primeiro foi atender as pessoas, agora é secar a água, a seguintes é a limpeza e só depois começar a analisar a estrutura das casas para saber onde é possível voltar com segurança. Nesse período seguimos com abrigos funcionando e lembrando que nem todas as pessoas poderá voltar pra casa, teremos lugares que não será mais possível morar. Haverá uma mudança geográfica na cidade. Tudo isso vai precisar de tempo, muito tempo para reconstruir a cidade.”
Ouça o programa completo
