Uma das prioridades das famílias a cada ano é garantir vaga para os filhos na melhor escola pública. Como melhor escola entenda-se a mais próxima, a mais qualificada a que tenha vaga para os filhos no turno que facilite o dia a dia da família. Esse é o cenário da vida real que muitas vezes se concretiza, porém, quando não é possível juntar tudo isso, os profissionais da Central de Matrícula mantém o foco que é garantir a vaga para a criança. “Mas não podemos resolver desejos, como quando a pessoa quer que o filho estude em escolas mais procuradas, como o Gusmão ou Irmãos Weibert”, explicou o diretor de Tecnologia para Educação, Evandro Paixão, hoje (20), no Berlinda News Entrevista sobre o funcionamento da Central Matrículas a qual obtém vagas para as escolas municipais e estaduais.
“A Central é um organismo que trabalha em colaboração entre município e Estado, ou seja, é uma Central de Matrículas unificada. Não é um organismo do município. Ela está a serviço da cidade e também do Estado. A central foi constituída em 2007 quando foi feito o convênio com o Estado. Hoje está no prédio da Secretaria de Educação, mas estamos buscando um lugar fora da sede da Smed para que as pessoas não pensem que é apenas da rede municipal”, explicou.
Regramento do Sistema
“Trabalhamos com o sistema da Procergs, que é do Estado, que trabalha com dois regramentos para designar a vaga: zonal e menor idade. Isso significa que, se a criança mora na Feitoria e quer estudar no Gusmão, o sistema percebe que houve uma quebra zonal e entende que a criança, neste caso, pode ir estudar em qualquer escola da cidade, independente da distância com a casa. Pode colocar o aluno na Paulo Beck, por exemplo. Isso é o que o sistema nos mostra, quando os pais nos procuram para reclamar e tentamos resolver o problema sempre priorizando encontrar uma escola para a criança.”
Matrícula
“Nossa principal recomendação é que os pais façam a matrícula do filho mesmo quando a escola designada não é a que buscam, porque só com a matrícula podemos fazer a transferência para a escola mais próxima, sempre se tiver a vaga. A inscrição não é suficiente, precisa matricular e depois nos procurar. “Mesmo que não tenha agradado, orientamos que vá na escola e matricule, porque não tem como fazer a transferência pelo sistema sem a matrícula. Se você não faz a matrícula, o sistema não te encontra. Então se perdeu a matrícula, terá que fazer uma nova inscrição e vai para o final da fila novamente.”
Fila reduzida para educação infantil
“A boa notícia para todos, pelo trabalho da gestão, é a redução da fila para educação infantil de zero a 3 anos, que por muitos anos passava de mil na fila de esfera. Nesse momento temos 327 crianças na fila de espera e pretendemos reduzir entre fevereiro e março quando ocorre a movimentação das vagas. Já temos mais uma escola conveniada , serão 44 na cidade para que possamos atender toda a demanda.
Premiada
A Central de Matrículas recebeu um prêmio recentemente em função do trabalho feito na Busca Ativa que é uma ação que se propõe a buscar a criança que está fora da escola para retornar aos estudos. “Começamos antes mesmo da pandemia, em 2017, quando percebemos que as pessoas em vulnerabilidade social não conseguiam acessar o site e nem vir até a central, ficavam na comunidade. Por isso começamos a fazer esta busca ativa”, explicou Evandro que ressaltou que junto vão também equipes das secretarias de Assistência Social e da Saúde.
“Levamos toda a estrutura da Central e fazemos a inscrição para quem nos procura. Já fomos, por exemplo, na ocupação Justo, no Morro do Paula, na Ocupação Steigleder e junto vai a Assistência Social e a Saúde que aproveita para atualizar a carteira de vacinação, o peso da criança, cadastrar no bolsa família se necessário.”
Ouça abaixo a entrevista completa