O programa Berlinda News Entrevista recebeu na manhã desta terça-feira (01) o publicitário Zeca Honorato, especialista em campanhas políticas com 32 anos de experiência no mundo publicitário e mais de 20 anos no marketing político.
O bate papo focou nesse trabalho pré-campanha, até porque, ano que vem, o brasileiro terá que voltar às urnas e segundo ele, já está na hora dos futuros candidatos começarem a se organizar. “Antigamente éramos procurados na antevéspera. Isso era uma praxe, percebo que agora os candidatos pensam que é preciso tempo e gestão da imagem mais prolongada. E não só isso. É preciso também fazer uma pesquisa qualitativa, uma análise dos concorrentes e do mercado eleitoral. A construção da campanha é o alicerce do trabalho que será feito depois”, ressaltou ele que já trabalhou em mais de 80 cidades gaúchos e já elegeu mais de 70 candidatos no Rio Grande do Sul.
Campanha nas Redes Sociais
Para o publicitário, o advento das redes sociais deixou as campanhas mais movimentadas e agitadas, e podem contribuir em parte para a vitória de uma eleição. “As redes sociais são fantásticas porque dão espaço para todos e deixam as eleições mais dinâmicas, frenéticas e com instantaneidade. Torna o trabalho insano. Uma campanha é um ser vivo orgânico, ainda mais com as redes sociais”, explicou ele que garante que a TV ainda é o meio de comunicação que mais colabora com a campanha.
“O público mais idoso e de baixa renda é muito forte na TV e é fundamental pela extrema capilaridade. O público massivo que assiste Às propagandas eleitorais na televisão é o de baixa renda e a TV dá chance de fazer uma narrativa com imagem e não apenas de um minuto de reels. A gente precisa também sempre levar em consideração o mercado eleitoral.”
Fake News
Segundo Zeca, as fake news sempre existiram, mas antigamente levavam outro nome: boatos. “Se você está consolidado no seu discurso de que lá na ponta tem interlocutores apagando os incêndios, a fake news é inócuo. Fake news é fruto de desespero e reconhecimento da vitória da outra candidatura. Campanha que bate não ganha. A maioria que vence é alto astral, vibe boa.”
O publicitário que não gosta de ser chamado de marketeiro também disse que não acredita que mudanças bruscas no meio da campanha ajudem a vencer. “Não tem passe de mágico dentro de uma narrativa já criada. Você tem ajustes de rota, mas mudanças bruscas confunde o eleitor. A ansiedade já colocou muita campanha a perder.”
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