Curso substitui multa para quem corta árvore sem autorização. Objetivo é focar na Educação Ambiental

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Todos querem uma cidade arborizada e mais verde, já que os benefícios para a população são inúmeros. Os mais conhecidos são a melhora na qualidade do ar, as famosas sombras nos dias mais ensolarados e quentes, sem falar na estética, afinal, elas deixam qualquer ambiente mais harmonioso e bonito. Para poder ter uma árvore na rua ou no pátio de casa, é preciso antes, ter conhecimento e responsabilidade. Um plantio em local errado ou de uma espécie errada, pode causar sérios problemas, além de um alto custo para resolver a questão. Quem faz todos esses alertas são a chefe do Centro Permanente de Educação Ambiental (CEPA), Iara Regina Stockmanns e o engenheiro agrônomo, responsável técnico do Departamento de Arborização Urbana da Semmam, Luís Marcelo Tisian. Eles estiveram no programa Berlinda News Entrevista falando sobre o assunto nesta quarta-feira, 20.

“A árvore exerce um fascínio no ser humano desde a infância quando aprendemos a ama-la e a cuidar dela e de uma certa forma, ela simboliza a defesa ambiental. E esse amor às vezes turva questões mais técnicas, então acaba plantando uma espécie de árvore errada no local errado e aí surgem os conflitos”, explicou Tisian. Segundo ele, quando um morador planta por conta própria uma muda de árvore no passeio público, praça ou canteiro central, aquela árvore deixa de ser dele e passar a ser do Município, já que está em área pública. Sendo assim, podar ou cortar passar a ser infração sujeita a multa. “Algumas infrações, porém, o valor venal é muito pequeno e por isso as pessoas não pagam e o processo interno crescia e não conseguimos concluir. Então surgiu a ideia, para diminuir o número de processos e de também dar uma educação ambiental para os pequenos infratores, de criar um curso e foi o que fizemos. E o nome carinhoso do curso é Trocando Multa por Conhecimento porque esse é o objetivo. Queríamos também tirar aquela ideia de que a fiscalização ambiental só multa. Ou aquela máxima de que o poder público só quer multar para arrecadar. Esse programa tem a ver com educação ambiental, arborização urbana e com meio ambiente. As pessoas vão com uma ideia e saem de lá agradecidas e com conhecimento que acaba sendo compartilhado com outras pessoas”, afirmou Tisian.

Educação Ambiental para todos

Para a chefe da CEPA, educação ambiental deve ser para todos, independente da idade e o curso também vem para desmitificar esse conceito. “Educação ambiental é para qualquer idade, não só para as crianças. Porque se não cuidarmos hoje que futuro daremos para as nossas crianças? Além disso, atualmente a informação é livre na internet e nas redes sociais. Qualquer pessoa pode buscar se informar e obter conhecimento sobre plantio de árvores, reciclagem e assuntos relacionados ao meio ambiente usando a internet”, ressaltou Iara que também lembrou que cada morador de São Leopoldo tem direito a receber três mudas por ano do Município e o melhor: com direito à assessoria para poder fazer um plantio consciente e responsável. “É só buscar gratuitamente no Parque Imperatriz e chegando lá ainda vai ter a assessoria, porque assim vai plantar a árvore certa no lugar certo, porque somos todos responsáveis por tudo porque vivemos em um coletivo.”

O que fazer?

São Leopoldo tem centenas de espécies de árvores espalhadas pela cidade, entre elas estão a Canela, o Ingá e o Ligustro. Muitas, porém, foram plantadas em locais errados e por isso, causam conflito com a rede elétrica. Tisian explica que não é necessário ser morador de uma determinada rua para entrar em contato com a Prefeitura denunciando a situação. Basta cumprir o papel de cidadão. “Se a árvore está na calçada é só ligar para o 156, não precisa nem se dirigir à Prefeitura. Não precisa nem ser na sua rua, em qualquer ponto da cidade. Viu, liga e faz a sua parte para o bem de todos”, explicou o engenheiro agrônomo que também falou sobre como proceder quando a árvore estiver no pátio de casa. “Tem que abrir um pedido por e-mail e pagar uma taxa de vistoria, mas atualmente não estamos entrando por conta da pandemia. Ano passado tivemos 220 pedidos e resolvemos 180 pela internet mesmo.”

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