No inicio da tarde deste sábado (17), o governador Eduardo Leite e a Comitiva do governo Federal, junto com o prefeito Ary Vanazzi, realizaram uma coletiva de imprensa no prédio administrativo municipal para detalhar o que será feito a partir de agora para reconstruir cidades e acolher famílias que foram atingidas e prejudicads pela passagem de um ciclone extratropical na sexta-feira (16).
De acordo com o governador, além das oito mortes confirmadas no Rio Grande do Sul, duas delas em São Leopoldo, ainda estão desaparecidas 19 pessoas. Até o momento, também foram contabilizadas mais de duas mil pessoas desabrigadas no Estado.
“O Corpo de Bombeiros também realizou mais de 2,4 mil salvamentos. Por isso, queremos criar um programa social rápido, aportando algum recurso, para que essas famílias possam retomar a dignidade. Além disso, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem fará uma avaliação das estradas e pontes para que seja possível criar um projeto de reconstrução e reparos”, ressaltou.
Já o prefeito Vanazzi, lembrou que este episódio foi pior que o de 2011, no qual choveu cerca de 65 milímetros em poucas horas. Ontem foram registrados mais de 200 milímetros.
“Vamos deixar dois documentos com os ministros. Um será um relatório sobre a situação e demanda que temos neste momento e principalmente sobre o sistema de prevenção contra enchentes”, afirmou ele que destacou a ajuda da sociedade civil. “Gostaria de agradecer a solidariedade e a generosidade do povo leopoldense.”
Plano de Trabalho
A presença dos ministros Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação, e Walter Góes, da pasta de Integração e Desenvolvimento Regional foi solicitada nesta sexta pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva.
“Presidente Lula prestou solidariedade e determinou que estivéssemos aqui, assim como também estivemos em outros locais do País que necessitarem, como no litoral paulista e no Estado de Roraima, além do apoio que foi ao dado ao próprio Rio Grande do Sul durante a estiagem”, salientou o ministro Pimenta que esclareceu que já a partir deste domingo (18), equipes nacionais da Defesa Civil estarão presentes nos municípios gaúchos atingidos para auxiliar no desenvolvimento dos Planos de Trabalho.
“Com esses planos, poderemos liberar os recursos necessários. Não precisa ser apenas um plano. Pode ser, por exemplo, um plano de habitação, pode ser um plano sobre alguma ponte que caiu. O importante é que quanto mais rapidamente esses planos forem entregues e mais elaborados conforme as exigências, mais rápido os recursos serão liberados”, explicou.
Visita ao Rio do Sinos
Antes da coletiva para a imprensa, o grupo foi até a Ponte 25 de Julho onde verificou a atual situação do Rio do Sinos que já está com cerca de cinco metros, devendo subir ainda mais nos próximos dias, e as famílias desabrigadas no Ginásio Celso Morbach.
“Foi bonito ver tantas doações no ginásio. As arquibancadas cheias, mas é preciso deixar claro que o governo federal tem recursos para repassar ao Estado e aos municípios quando for necessário”, ressaltou o ministro Góes.
A comitiva também sobrevoou a cidade ainda pela manhã deste sábado para verificar a situação geral das áreas mais atingidas. Eles também visitaram os municípios de Maquiné e Caraá, e à tarde irão para Santa Catarina.
