As irmãs Carmelitas entram para a vida religiosa e abdicam da vida fora do Carmelo. O propósito de vida é rezar para a população, para o mundo, sem licença para atravessar a porta, a não ser por dois motivos: médico, dentista ou para votar. Das 15 Carmelitas que vivem no Monte Carmelo, no alto do bairro Cristo Rei, em São Leopoldo, 14 foram votar no Centro de Espiritualidade Cristo Rei (Cecrei).
As irmãs Marlene Maria de Deus, de Sergipe, e irmã Joana Maria do Coração de Jesus, 19 anos, de Rolante, foram recebidas pela equipe que atua naquele local. Conforme a diretora do Carmelo, irmã Maria Lídia da Eucarista, só uma religiosa, com 81 anos de idade, não foi votar por conta da idade.
Sem acesso à rua e à mídia tradicional, as informações sobre candidatos chegam até elas por pessoas que integram o espaço. “São pessoas de confiança que transmitem as informações para que possamos definir em quem votar”, explica irmã Maria Lídia, acrescentando que é possível visitar o Carmelo. “Recebemos pela grade, ou seja, sem acesso às dependências”, disse a religiosa acrescentando “nossa missão é rezar por toda a humanidade”.
“Viver no Carmelo é querer amar a Deus acima de tudo como o grande AMOR de sua vida; é desejar fazê-lo conhecido e amado; é decidir-se fazer parte dos grandes amigos de Deus, dos seus mais íntimos; é escolher a melhor parte, que não será tirada e viver na companhia do Bom Deus, que tanto nos ama.” https://carmelitas.org.br/