O delegado da DRACO, Ayrton Figueiredo Martins Júnior, seguiu com sua equipe na cidade de São Sebastião do Caí na manhã desta sexta-feira (6), cumprindo mandados de busca e apreensão referentes à 1ª fase da Operação Carga Pesada – ação que busca combater o furto de caminhões e venda de peças em Centros de Desmanche de Veículos do Detran (CDV). De acordo com o delegado, mais de 20 caminhões podem ter sido furtados pela quadrilha em um curto espaço de tempo de dois meses.
Investigações locais
Ayrton trouxe mais detalhes da operação durante o programa Tá na Hora da Berlinda, indicando que as investigações no local devem se prolongar ao longo do dia. “A investigação é sobre um grupo que reside, em sua maioria, nas cidades de São Leopoldo e Novo Hamburgo. Os crimes são praticados no interior do Estado, com o furto dos caminhões, que são trazidos para a nossa região para serem desmontados ou terem suas peças repassadas”, sinalizou.
Alvo principal
O delegado informa que alguns veículos já foram recuperados ao longo da semana passada e que o foco da operação neste momento é o indivíduo dono de um CDV do Caí, tido como um dos maiores articuladores do esquema. “Temos a informação de que ele participou ativamente do esquema, tentando legitimar esses caminhões furtados, inclusive com a alteração de chassis”, afirmou o delegado, citando que um dos veículos era da cidade de Ijuí, que já foi recuperado.
Apoio interinstitucional
A DRACO conta com auxílio da Força-Tarefa e da Corregedoria do Detran, que busca também encontrar possíveis infrações administrativas do CDV, assim como o suporte do Corpo de Bombeiros local, responsável por analisar desregramentos de segurança e legislação ambiental.
Irregularidades e consequências
Até o momento, a Corregedoria do Detran apurou diversas irregularidades que podem culminar no fechamento do CDV. Houve termo circunstanciado por crime ambiental e multa por descumprimento da legislação de incêndio. “Não temos o poder de fechar o CDV, pois isso cabe à esfera administrativa de alçada do Detran. Nosso papel aqui é unicamente a investigação criminal”, ponderou Ayrton.
Próximas etapas
Ayrton sinaliza que novas fases da Operação Carga Pesada devem ocorrer nos próximos meses. “Já temos em nosso radar outros suspeitos. Trata-se de um grupo grande, envolvido em um esquema de alta lucratividade. Mais de 20 caminhões podem estar envolvidos nessas práticas, em um curto prazo de dois meses”, finalizou.
