Quando toda essa água da enchente seguir seu caminho pelo rio estaremos diante de outra São Leopoldo, não aquela que se preparava para celebrar 200 anos com festa. Será uma São Leopoldo com pedaços da história das milhares de pessoas espalhados pelas ruas, pelas águas, todos ainda tentando entender (inclusive eu) o que estamos vivendo e principalmente o que viveremos.
São pedaços de uma história que passou, que é passado. O novo capítulo está começando lentamente, exigindo paciência, resiliência, mas merecendo a vibração e a alegria como foi a dos técnicos do Semae, hoje (9), quando duas das 21 bombas, que drenam a água do rio, voltaram a funcionar. Tem muita água pra drenar, tem muita gente fora de casa, se ainda será possível chamar de casa.
Mas hoje peço licença às imagens que eu e o Juliano Palinha, postamos initerruptamente há vários dias para mostrar que a catástrofe é DEMOCRÁTICA, porque todos os moradores de São Leopoldo, estão atingidos, flagelados, desabrigados, desalojados, sofridos, mas acolhidos, atendidos, abraçados pelos voluntários que chegaram aqui, que estão em todas as regiões da cidade, dia e noite mostrando que a solidariedade, a empatia são bálsamo para curar todas as feridas.
Precisamos cicatrizar, precisamos acreditar, precisamos de união, de parceria, precisamos aprender a conviver juntos pelas nossas convergências, mas principalmente respeitosos pelas nossas divergências.
Precisamos aprender com a alegria, vibração coletiva, com selfies da equipe do Semae com o barulho das bombas funcionando.
Aprender com os alojados na escola Von Hohendorff, no Parque Itapema, reunidos, cantando a esperança coma certeza que é possível SARAR TODAS AS FERIDAS.
