7 mil sepulturas em situação de abandono nos cemitérios municipais de São Leopoldo

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Juntos os três cemitérios municipais de São Leopoldo – Cristo Rei, Feitoria e São Borja – somam 39 mil e 423  pessoas sepultadas em 16 mil sepulturas. Das 17 mil  e 493 sepulturas, 9,6 mil estão com cadastro atualizado e sete (7) mil constam como abandonadas no cadastro da  administração dos cemitérios.

“Desde setembro de 2021 estamos chamando, por editais, as famílias para que regularizem. O abandono é pela inadimplência e também pela situação física das sepulturas”, explicou o chefe do departamento administrativo dos cemitérios, Andeocler dos Santos, hoje (9), no Berlinda News Entrevista, junto com Claudimir Schütze e Amauri de Barros, respectivamente superintendente de revitalização urbana e jurídico da Semurb.

Falta de espaço

A atualização cadastral é a forma encontrada para garantir espaço para o sepultamento de todas as pessoas. “No ano passado tínhamos apenas cinco (5) vagas para novas sepulturas, somando os três cemitérios. É nosso desafio resolver essa equação com medidas legais e principalmente humanas, garantindo dignidade e respeito”, diz Schütze, acrescentando que tanto o assunto morte, quanto a administração dos cemitérios são temas delicados que envolvem sentimento. Conforme os administradores, hoje, 34% dos sepultamentos anuais são de carentes, ou seja, que tem o funeral e o sepultamento subsidiados pela Prefeitura.

Concessão e não venda

A lei municipal que trata de sepultamento e forma de acesso ao espaço físico nos cemitérios é de 2006. “Desatualizada e inviável porque diz que era permitido a compra/venda de lotes. Isso não pode ocorrer porque se trata de área municipal, ou seja, venda fere a lei de licitações. A forma correta é de concessão de uso da área, de maneira perpétua ou por arrendamento”, explica o advogado Amauri de Barros.

Ossário

Além da atualização cadastral, a administração dos cemitérios, junto com a administração municipal, trabalha na implantação de ossário na Cruz Mestra. “Um espaço devidamente identificado com o nome da pessoa para que a família tenha essa referência para as homenagens. Ossário é o espaço  para a guarda dos ossos após a exumação com todo respeito e cuidado pela  memória do ente querido”, explica Andeocler.

Três anos

Conforme o advogado Amauri, hoje os cemitérios funcionam com concessão permanente e por arrendamento. “Quem faz por arrendamento, assina um termo ciente que após três anos os restos mortais vão para o ossário, assim haverá espaço para novos sepultamentos”, explica Amauri acrescentando que haverá placa, nome e foto para que a família tenha o local para fazer susas homenagens.

Covid

A regra de três anos do arrendamento não se aplica para as vítimas de covid. “Por ser uma causa nova de morte, não é possível saber se três anos é o tempo para transferência. Precisamos aguardar uma decisão das autoridades mundiais de saúde sobre isso”, disse Schütze,

 

Administração do Cemitério

O pedido da administração dos cemitérios pede que as pessoas procurem o setor para regularizar e buscar maiores informações.

Sala 5 – Ginásio Celso Morbach

Atendiment0 – Das 8 às 17 horas sem fechar ao meio-dia

Whats – 51 989246429

Telefone – 2200 – 0511

Taxa para reforma – R$ 16,26

Taxa anual – R$ 81,30

Para fazer reforma na sepultura, o familiar deve procurar a administração que autorizará o serviço.

Ouça o programa completo

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