Nesta quarta-feira, 25 de junho, o Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) dá início à limpeza programada dos reservatórios responsáveis pelo abastecimento de água de São Leopoldo. Realizada anualmente, a operação acontecerá em junho e julho, com o objetivo de garantir a integridade sanitária do sistema de distribuição, desde o tratamento até o consumo final, conforme determina a Portaria GM/MS nº 888/2021.
Cronograma de Limpeza com Impacto no Abastecimento
- Dia 25 (12h–22h): Reservatório Charrua — afeta o fornecimento no condomínio Charrua.
- Dias 28 e 29 (22h–6h): Complexo de Reservação da Scharlau — interrupções nos bairros Scharlau, Jardim Viaduto, Jardim Fênix, Santos Dumont, Parque Sinuelo, Bom Fim, Vilas Brás, Elza, Berger, Brasília, Glória, Três Marias, Santa Helena, Santo Augusto, Vila União, Parque Itapema e Parque Panorama.
Outros reservatórios — Santa Tereza, Imperatriz Leopoldina e João Corrêa — serão limpos sem afetar o abastecimento. O cronograma completo e eventuais ajustes serão divulgados pelo Semae nos próximos dias.
Importância da Manutenção Preventiva
A Diretora de Operação, Juliana Chaves, explica que os procedimentos seguem um método padronizado e seguro, integrando o controle de qualidade da água potável no município. “A limpeza e desinfecção dos reservatórios são fundamentais para proteger a saúde da população e atender aos parâmetros legais”, destaca.
As limpezas têm previsão de término no dia 20 de julho, abrangendo oito das 48 unidades de reservação — semienterradas, apoiadas e elevadas — distribuídas estrategicamente pela cidade.
O trabalho na prática
Durante o programa Tá na Hora da Berlinda, o repórter Juliano Palinha esteve no Charrua para acompanhar o início dos trabalhos e conversou com Célio Paz, técnico da empresa terceirizada TJ Soluções. Natural de São Paulo e há 12 anos residindo no Rio Grande do Sul, ele trouxe um pouco da sua experiência para explicar o que é feito nos reservatórios nestes procedimentos.
São dois reservatórios – sendo o de baixo com 360 mil litros e o de cima com 280 mil – e durante a noite anterior ao serviço, o registro do reservatório de baixo é fechado para esvaziamento, assim facilitando a limpeza no dia seguinte. “Desta forma teremos o mínimo de perda possível aos moradores, porque a segunda caixa vai seguir operando, então as pessoas quando acordarem terão água”, explica.
Célio explica que pela manhã desta quarta-feira, o reservatório já estará vazio. “Então nós entramos com a pulverização de produtos químicos, que auxiliam na desinfecção e lavagem. Retiramos os resíduos sólidos, caso tenha, e esvaziamos o residual com bombas elétricas”, informa o técnico. Na sequência, a água é liberada para o reservatório de baixo e o procedimento se reinicia com a caixa de cima, onde todo o processo é repetido. O trabalho completo deverá levar em torno de 5 horas.
Célio conta que trabalha no segmento há 18 anos e aponta que serviços como este são rápidos e podem ser feitos em dupla. “Porque estes reservatórios são considerados pequenos. Já trabalhei em um local que tinha 20 milhões litros, situado na cidade de Ubatuba/SP. O maior que temos aqui na região é de 2,5 milhões. Estes demandam muito mais tempo”, indica Célio.
E sobre trabalhar neste frio junto a água, é complicado? Célio garante que o sentimento é justamente o oposto: “Sabe que dentro o reservatório é quente? Então é relativamente tranquilo. Complicado mesmo é no verão, aí a gente sofre porque o calor lá dentro é insuportável”.
