POR EVERTON CIDADE: A Sacola de Zeus
Os botões da minha camisa estão sempre desencontrados por que minha coluna é um c de compaixão e para mim parecem ajustados Para mim ao menos que sou menos que o que temos Eu que crio abelhas na minha boca para o café O meu que vai menos amor que no teu Todos meus pertences…
Juliano Palinha
POR CÍNTIA MACIEL: Seja ousado e o mundo será seu!
Tem gente que é plateia, que fica esperando o deslize do outro para, assim, aplaudi-lo. Mas não faz a mínima ideia de que esse exercício de cair e levantar denota quanta força e determinação a pessoa tem… Sair da zona de conforto não é fácil: requer um processo lento e delicado. Mudar desacomoda e também…
POR EVERTON CIDADE: Irmã, que barra
Irmã que barra Sempre foi; Segura mais; Segura mais essa; Não tenha pressa; Segura mais essa; O contidiano é de danos Eu respeito Eu aceito Essa Contenção de danos de parar os planos Mas eu que me foda com minha aceitação O papo da vida como dom A vida é um domo Irmã, que barra…
POR CÍNTIA MACIEL: Em tempos difíceis, a solução é atravessar…
Em tempos difíceis, a solução é atravessar… Diante de tantos estragos trazidos pelas chuvas dos últimos dias, nos sentimos pequenos e impotentes. Porém, a realidade passa a ser única. Nossas diferenças, zeradas! Queremos fazer o bem. E fazemos! Da mesma forma, também precisamos desse gesto. Nessa ação, nessa troca, no zelo e no cuidado, a…
POR ELENILTO DAMASCENO: Distinção entre narrador e narratário
No discurso narrativo literário, o narrador é a representação da instância do sujeito falante o qual se dirige, eventualmente, a uma representação de interlocutor, o narratário. Ambos são criaturas fictícias, que se comunicam no contrato de tempo estabelecido na narração e se diferenciam das figuras de autor e leitor, que se comunicam no plano da…
POR ELENILTO SALDANHA DAMASCENO: O tempo psicológico
No plano do discurso ou da narração literária*, a referência temporal também pode alcançar sentido totalmente subjetivo, alheio às convenções sociais. É o denominado tempo psicológico, o qual representa uma mudança, uma transformação em relação à dimensão do tempo cronológico. O tempo psicológico revela-se em consonância com a interioridade humana, representada pela subjetividade da personagem….
POR PROFESSOR NADO: José Ary Moura – um ano de ausência!
A política é, ao mesmo tempo, o talento de compreender o desejo dos outros e a capacidade de fazê-los ser realizados a partir de um projeto comum. E para liderar mais uma virtude central é necessária: saber, pela palavra, convencer o outro que é nesse projeto comum que o seu desejo será realizado. O Ary…
Sônia Bettinelli
POR EVERTON CIDADE: Rimaria
Rimar amor é deixar o dia se ir. Amor se vive. Amor é estar em fabricação e aproveitamento Do simples e do óbvio Sem protocolo Semente ao solo O zumbido do cupido Seu tralálálá Só no seu ouvido Vontade de dançar Vontade de chorar Vontade de ter vontade De desaparecer para voltar Melhor Vontade de…
POR ELENILTO DAMASCENO: O tempo do discurso ou da narração literária
A narração literária é um tipo de enunciação que cria sua própria referência temporal. Além do tempo representado no enunciado narrado, o tempo da história ou da narrativa*, a narração literária configura representações temporais além dos limites cronológicos, as quais só existem durante a própria enunciação: o tempo do discurso. O tempo do discurso é…
POR EVERTON CIDADE: Fim de mês
Quando for E será de novo Fim de mês Vou chamar vocês Minha família cortar asas E sonhos rápidos Apertar o que der Com esperança e emergência Desmontando todo dia E recomeçando o mês Como peito que tranca Planta que seca Organizando as queixas E continuando.
