A partir desta segunda-feira (4) a Unisinos, através do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), promoverá a tradicional coleta de resíduos eletroeletrônicos, em parceria com a empresa Reverse Gestão de Resíduos licenciada pelo órgão ambiental e responsável pelo recolhimento e destinação ambientalmente correta dos resíduos recolhidos. A coleta se estende até o dia quinta-feira, dia 7.
Ela acontecerá das 8h30 às 19h30, em ambos os campi, sendo aberta ao público em geral. Em São Leopoldo, a coleta será realizada na Sala A01 021a do Centro Comunitário e, em Porto Alegre, no hall de entrada da Torre Educacional.
Confira os exemplos do que poderá ser coletado: Aparelhos de DVD, caixas de som, calculadoras, câmeras fotográficas, cafeteiras, celulares, carregadores, central telefônica, CPU’s, chaleira elétrica, estabilizadores, fios e cabos, fontes de micro, fornos elétricos, HD’s, impressoras, lâmpadas LED, microondas, modem, monitores, mouses, nobreaks, notebooks, placas diversas, rádios, roteadores, scanners, teclados, telefones, televisores e unidades de CD, DVD e disquetes. (Obs: Não faz parte da coleta lâmpadas fluorescentes e cartuchos de toner e/ou tinta).
A coleta de resíduos eletroeletrônicos ocorre desde 2015, com campanhas semestrais de conscientização para descarte desses materiais. Neste período, já foram coletadas cerca de 20 toneladas de REEE. “Estamos contribuindo com a sociedade, na medida em que garantimos que estes resíduos sejam tratados e destinados para locais ambientalmente e sanitariamente seguros e adequados”, enfatiza Marcelo Caetano, responsável pelo SGA e professor da Escola Politécnica da Unisinos.
Marcelo ainda destaca que esses resíduos possuem diversos materiais perigosos que, se forem descartados de forma inadequada no meio ambiente, podem provocar impactos significativos. “Os REEE podem possuir em sua composição físico-química desde plásticos e vidros até metais pesados como chumbo, cádmio e mercúrio. A possibilidade de concentrações elevadas de materiais tóxicos, combustíveis e reativos, torna este tipo de resíduo perigoso e com elevado potencial danoso ao meio ambiente”, explica. Como eventuais impactos ambientais estão: alteração da qualidade do ar, da água e do solo; efeitos tóxicos à fauna e flora; e efeitos tóxicos à saúde humana.
Um exemplo disso está relacionado com as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul nos últimos meses. O professor cita que grande parte dos resíduos sólidos podem sofrer algum tipo de degradação, lixiviação e/ou solubilização em contato com a água ou umidade, liberando um líquido mau cheiroso, com elevadas concentrações de matéria orgânica, nutrientes e alguns contaminantes. “Resíduos eletroeletrônicos, devido às suas caraterísticas físico-químicas, expostos às atuais enchentes, podem liberar contaminantes presentes para a água. Além do impacto ambiental, há elevada preocupação do contato desse tipo de produto com a população, já que vias importantes de contaminação são pele e mucosas”, frisa Marcelo.