Aos 72 anos de idade Genésio Monteiro é o perfil de político questionado nas ruas para voltar ao Legislativo leopoldense. Porém ele diz que seu tempo de disputa por vaga passou, mas não descarta trabalhar nos bastidores baseado em seu aprendizado eleito quatro vezes como vereador, patrimônio político que agregaria muito para qualquer candidato ao cargo.
Genésio Fernandes Monteiro esteve no Berlinda News Entrevista desta segunda-feira (8) e contou um pouquinho da sua trajetória política na cidade. Eleito pela primeira vez em 1992 pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), o delegado aposentado da PC diz que entrou na política a convite do ex-prefeito Olímpio Albrecht. “Fui até surpreendido quando recebi o convite do prefeito Olímpio. Era delegado de polícia há 19 anos e não entendia nada de política. Conhecia a história do Brizola, mas fora isso minha participação era profissional com a comunidade”, lembrou.
Mesmo sem pedir voto para ninguém, pois dizia ter vergonha, de cara o Genésio fez 1.451 votos. “Foi uma surpresa para mim. Pois tinha vergonha de pedir voto. O Ademir de Césaro me ajudou muito. Fui o segundo mais votado do partido”, recorda.
DECEPÇÃO
A primeira decepção do ex-vereador foi 1994, quando concorreu a deputado estadual do partido. “Esperava o apoio de todos os colegas do partido. Porém não foi o que ocorreu, aí decidi sair do PDT”, contou. Genésio disse que a partir daí começou a valorizar mais as pessoas na hora do voto que os candidatos. Em 1996 Genésio Monteiro concorreu à reeleição pelo PMDB e fez 2.142 votos.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Ao longo da sua trajetória na política Genésio disse que manteve sempre seus princípios básicos e por não depender apenas do salário de vereador, legislou no melhor da população. O ex-vereador concorreu mais duas vezes e se manteve na casa do povo. Em 2000 concorreu pelo PP e fez 1.281 votos e em 2004 se manteve com 2.152. Em 2008 concorreu, mas ficou de fora, mesmo fazendo 1.608.
FALTOU EXPERIÊNCIA PARA SER VICE-PREFEITO
Durante o programa Genésio lembrou que poderia ter sido vice-prefeito do então prefeito Waldir Schmidt, mas admite que faltou experiência na época. “Estava no PP e o Waldir me convidou para ser vice.. Como tínhamos uma boa relação aceitei. Porém, alguns membros do partido dele (PMDB) queriam um chapa pura. Falei para ele que estava tudo certo, pois igual ele vencendo estaríamos juntos. Ele então convidou o Kanan Buz. Venceram, mas ao longo do mandato nos deixaram de fora”, recorda.
A FAVOR DE 21 VEREADORES
Genésio foi vereador junto com outros 20 colegas, ou seja, legislaturas com o máximo de vagas permitido pela legislação. Sobre o aumento de vereadores, em debate na Câmara, provocado pelo PCdoB o ex-vereador Genésio destaca a representatividade. “Quanto mais setores estiverem representados entendo que seja melhor. Claro que para o Poder Executivo, independente de quem está no poder, com menos vereadores a articulação política fica mais fácil para ter o controle indireto do Legislativo. Se tem muitos vereadores a negociação é mais complexa. É mais difícil ter a maioria”, diz mas reforça que é preciso diminuir os cargos por conta dos gastos.
Sobre 2024, Genésio observa que várias candidaturas da oposição dificultam a disputa de governo com o Partido dos Trabalhadores.
Ouça abaixo a entrevista completa.