POR DIEGO SPECHT: Blumenau e as vidas ceifadas precocemente

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O atentado ocorrido na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, choca o país e levanta diversas questões sobre a educação, estrutura escolar e segurança da comunidade escolar.

O agressor, ao invadir uma escola pública, matar quatro crianças e ferir gravemente algumas outras, exemplifica claramente de como a falta de segurança nas escolas pode colocar em risco toda uma estrutura educacional. Problema não nos é exclusivo, mas é preocupante o aumento da ocorrência de crimes violentos dentro das escolas Brasil.

Faltam investimentos em segurança, assim bem como faltam políticas públicas eficazes para prevenção e combate a violência nas escolas, o que muito contribui para esse cenário.

Direito fundamental de todo cidadão a educação deve ser garantida pelo Estado. Mas, é preciso que as escolas ofereçam um ambiente seguro e acolhedor para alunos e professores para que este direito seja exercido de forma plena. A segurança nas escolas não se resume apenas à presença de guardas ou policiais na entrada das escolas, mas também inclui medidas como a capacitação de profissionais para lidar com situações de emergência e a implantação de tecnologias que permitam o monitoramento das áreas escolares.

Além disso, é fundamental que a educação seja vista como um instrumento de transformação social, capaz de promover a cidadania e a inclusão. A educação deve ser um espaço onde os alunos possam aprender a conviver em sociedade, respeitar as diferenças e desenvolver valores como solidariedade e empatia.

Paulo Freire, em sua obra “Pedagogia do Oprimido”, defendia que a educação deve ser libertadora e transformadora, capaz de desenvolver a consciência crítica dos alunos e de promover a participação ativa na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, baseada no diálogo e na relação horizontal entre educador e educando, construtores estes do conhecimento.

Nesse sentido, a segurança nas escolas é fundamental para garantir que esse processo ocorra de forma adequada, sem colocar em risco a vida dos alunos e professores. A violência nas escolas pode criar um ambiente de medo e insegurança que afeta o processo educativo, dificultando o diálogo e o desenvolvimento da consciência crítica. Paulo Freire já via a segurança, como condicionante imperiosa e necessária para a realização da educação libertadora.

É preciso que as autoridades se mobilizem para garantir a segurança das escolas e promover uma educação de qualidade, capaz de formar cidadãos conscientes e comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A educação como pilar do desenvolvimento humano, não pode ser negligenciada.

O atentado em Blumenau é uma triste lembrança de que a segurança nas escolas ainda é uma questão pendente em nosso país.

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