O programa Berlinda News Entrevista desta quarta-feira (15) tratou sobre o programa Tampinha Legal da Indústria e Comércio de Embalagens Plásticas (Sustenplast) que converte qualquer tipo de tampa plástica em recurso financeiro para entidades do terceiro setor, como por exemplo, Organizações Não Governamentais (ONGs).
Para falar sobre o assunto, estiveram no estúdio a vice-presidente da Associação Força Rosa, Inês Becker; a presidente da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Tramandaí, Neusa Röhsig; e a gerente do Instituto Sustenplast, Simara Souza.
O programa Tampinha Legal que iniciou em 2016 motivado pela Indústria de Transformação de Plástico, ou seja, pela iniciativa privada trouxe para a sociedade a importância de dar o destino adequado ao plástico e com isso, ajudar alguma instituição que necessite.
Segundo Simara, a entidade que quiser participar precisa atender algumas diretrizes, entre elas, ter CNPJ e uma conta bancária jurídica. “Ao entregar as tampinhas, a instituição recebe o valor em até sete dias e só para deixar claro, elas não pagam para participar do programa”, esclareceu.
Atualmente, existem 3 mil entidades cadastradas no Tampinha Legal em todo o País, mas apenas 599 estão aprovadas até o momento para participar.
A Liga Feminina de Combate ao Câncer de Tramandaí junta, recolhe e recebe tampinhas há seis anos e já arrecadou R$ 70 mil. A meta é chegar a R$ 300 mil para adquirir um mamógrafo, máquina responsável pelo exames de mama essenciais para o diagnóstico do câncer de mama.
E durante o programa, a presidente Neusa foi surpreendida pela gerente da Sustenplast que revelou que o prêmio destaque de 2022 foi para a Liga. “Temos um grupo de empresas que recolhem tampinhas e nos entregam, então todos os anos as próprias entidades votam para escolher um destaque para onde essas tampas serão entregues. E em 2022, a Liga de Combate ao Câncer de Tramandaí foi a mais votada”, explicou Simara.
Neusa se emocionou com o prêmio. Tramandaí e todas as cidades da região litorânea não possuem um mamógrafo na rede pública, o que dificulta a realização de exames e consequentemente, o diagnóstico rápido.
“Percebemos que havia uma demanda retida na rede pública. O que existe até então, são parcerias com clínicas privadas para que a mamografia seja realizada, mas a cota é limitada e isso faz com que muitas mulheres fiquem esperando para fazer o exame”, afirmou ela que contou ainda que, há seis anos, quando o recolhimento de tampas começou, o aparelho custava R$ 100 mil e agora custa R$ 300 mil. “Se não fora para a compra do mamógrafo, de uma forma ou de outra, este valor será revertido para essas mulheres.”
Aqui em São Leopoldo, o recolhimento de tampinhas feitas de maneira independente também ajudou e muito a Associação Força Rosa. De acordo com a vice-presidente, desde 2017 que a entidade começou a trocar as tampas plásticas por dinheiro em uma empresa aqui da região. “As gurias começaram a trazer saquinhos e aos poucos, a quantidade foi aumentando. Hoje em dia, temos a ajuda até das escolas que recolhem por meio de gincanas e acabam utilizando a recolha como parte educativa”, explicou Inês Becker.
Quem quiser saber mais sobre o Tampinha Legal, basta acessar o site www.tampinhalegal.com.br
Assista ao programa completo abaixo: